PUBLICIDADE

Vendas em shoppings no Natal sobem 6% em 2017

Dados da Alshop mostram retomada graças a recuperação lenta da economia, liberação do FGTS e saque do PIS/Pasep

Por Leticia Fucuchima
Atualização:

SÃO PAULO - As vendas cresceram 6% no Natal deste ano em relação ao apurado em 2016, movimentando R$ 51,2 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que realiza pesquisa junto a cerca de 150 empresas de varejo associadas à entidade.

'Tivemos um faturamento importante, vínhamos de dois Natais em queda', avalia o presidente da entidade, Nabil Sahyoun. Foto: Alex Silva/Estadão

PUBLICIDADE

De acordo com Alshop, a evolução das vendas no período foi influenciada pelos sinais de recuperação lenta e gradual do mercado de trabalho, em um cenário de queda da inflação e redução da taxa básica de juros. Também impactaram positivamente o varejo de fim de ano as liberações das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o saque do PIS/Pasep.

"Tivemos um faturamento importante, vínhamos de dois Natais em queda", avalia o presidente da entidade, Nabil Sahyoun.

Ele comemora ainda o crescimento das vendas em lojas de shopping ao longo do ano, que acumularam avanço de 5,3%, em termos nominais, ante 2016, a R$ 147,5 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

No ano, os segmentos que mostraram as maiores variações nominais foram brinquedos, com alta de 10% ante 2016, seguido de óculos, bijuterias e acessórios, com 9,2%.

+ Vendas de última hora animam comércio no Natal

Lojas. O segmento de lojas de shoppings voltou a crescer em 2017, tendo fechado este ano com 124 mil lojas, segundo dados da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). O número é 2,0% maior do que o registrado em 2016, quando houve queda do volume de pontos de venda em operação, mesmo com a inauguração de novos empreendimentos no ano.

Publicidade

Em 2017, foram inaugurados 12 shoppings, sendo cinco nas capitais e sete no interior, "evidenciando o processo de interiorização nos últimos anos", aponta a entidade. As novas aberturas geraram 20,6 mil empregos novos em 2017. "Na busca pela retomada do emprego, a indústria de shoppings mostra sua força", observa Nabil Sahyoun, presidente da entidade.

Ele destaca ainda o número de empregos temporários gerados durante o período natalino. Foram 115 mil contratações temporárias, um aumento de 5% ante o registrado em 2016. De acordo com a entidade, o varejo deve absorver cerca de 15% dessas contrações, substituindo funcionários que tenham apresentado desempenho insatisfatório ou então já se planejando para eventuais expansões das redes.

Horizonte. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) enxerga um ritmo mais forte de crescimento do varejo em 2018, em linha com o quadro mais positivo já delineado ao longo de 2017. "Este ano foi um alento", reforça o diretor de Relações Institucionais da entidade, Luís Augusto Ildefonso.

A associação não tem estimativas para o próximo ano, mas vê um incentivo importante e progressivo aos investimentos no setor durante o período de retomada da economia, sustentada por fatores como a queda da Selic, o início de recuperação do mercado de trabalho e o encaminhamento de reformas estruturantes.

PUBLICIDADE

"No varejo qualificado, vamos ter com certeza um crescimento importante. Há uma série de lojas disponíveis, as negociações estão muito favoráveis aos lojistas", afirma o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun. Ele destaca ainda o setor de franquias, que também deve ver avanço considerável. "Todas as grandes redes de franquia estão com expansão de seus negócios".

+ Papai Noel negro faz sucesso em shopping no interior de SP

Ainda de acordo com a Alshop, há 43 shoppings em construção hoje no País, que devem entrar em operação nos próximos três anos. Para 2018, a expectativa é de 18 inaugurações, diz Ildefonso.

Publicidade

E-commerce. A Alshop destaca ainda o desempenho do comércio eletrônico neste ano, cujo faturamento atingiu R$ 49,7 bilhões, um crescimento nominal de 12% ante 2016. A estimativa é de que o e-commerce tenha contribuído com 4,3% nas vendas do varejo em 2017, ante participação de 3,8% apurada em 2016.

De acordo com a entidade, o comércio eletrônico vem se destacando a cada ano nas principais redes do varejo e, em muitas delas, o movimento já é igual ou superior ao de uma loja convencional. Ildefonso ressalta a importância dos dispositivos móveis, um instrumento de compra "fortíssimo" que pode servir como reforço às vendas em lojas físicas. 

+ Comércio reage com produtos natalinos, mas já foca nas vendas de réveillon

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.