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Vendas em supermercados mostram desaceleração em abril

Por Agencia Estado
Atualização:

O forte crescimento das vendas nos supermercados registrado neste ano está dando sinais de arrefecimento. Depois de crescer 30% em janeiro, 37% em fevereiro, 24% em março, o faturamento deste segmento varejista subiu 22% em abril em relação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). A redução do ritmo já era esperada, uma vez que as variações estavam destoando dos demais setores pesquisados. O comércio em geral registrou no primeiro quadrimestre uma alta média de 6,01% em relação ao mesmo período do ano passado, contra um índice de 24,9% dos supermercados. Para a entidade, a tendência é de que haja uma acomodação dos números daqui para a frente. O desempenho dos supermercados levou o grupo de estabelecimentos de bens não-duráveis como um todo a se sustentar este ano, apesar da retração de vendas de 5,46% das farmácias e perfumarias. Em abril, o grupo registrou um aumento de 22,45% e foi mais uma vez o de melhor resultado entre todos os pesquisados pela Fecomercio. No cálculo geral, o varejo vendeu 2,59% mais que em abril do ano passado e 0,01% sobre março. O comércio de bens duráveis vendeu 19,03% menos que em abril de 2002, sendo que as lojas de CDs continuam amargando a concorrência com a pirataria: o faturamento recuou 43%. Já os semiduráveis (vestuário, calçados e tecidos) perderam 0,14% e os materiais de construção recuaram 0,95%. O comércio automotivo perdeu 2%, em razão do recuo das concessionárias de veículos (- 6,86%), que neutralizou a alta do comércio de autopeças. Na avaliação da Fecomercio, os dados indicam que, em razão das restrições do crédito, as pessoas estão preferindo investir na manutenção de seus veículos a adquirir um novo carro.

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