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Vendas no atacado cresceram 4,4% em 2013

Levantamento da Nielsen mostra que o setor registrou faturamento recorde de R$ 197 bilhões no ano passado

Por Naiana Oscar e Gabriela Vieira
Atualização:

O segmento atacadista e distribuidor faturou R$ 197,3 bilhões em 2013, valor que representa uma alta real (descontada a inflação) de 4,4% em relação ao ano anterior. Em termos nominais, a expansão foi de 10,6%. Os números integram um levantamento feito pela Nielsen, que foi divulgado ontem, em São Paulo, pela Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad). No total, 488 empresas participaram da pesquisa - o que equivale a mais de um terço do setor.Entre os fatores que impulsionaram o crescimento do ano passado, está o avanço dos supermercados pequenos e médios, que viram suas vendas aumentar 12,2% em 2013. Num ano em que a economia andou de lado, o setor diz ter se beneficiado de uma mudança de hábitos do consumidor, que passou a consumir mais perto de casa. "Mesmo que se confirme uma alta da inflação, os atacados continuarão com boas perspectivas, já que uma das tendências, nesse caso, é que as pessoas troquem o consumo fora de casa pelo consumo no lar, beneficiando os supermercados", afirma Olegário Araújo, diretor de atendimento ao varejo da Nielsen. Em 2012, o segmento atacadista distribuidor cresceu 2,5% (8,5% nominais) sobre 2011 e atingiu faturamento de R$ 178,5 bilhões, equivalentes a 51,9% de um mercado de consumo que, naquele ano, apresentou uma receita de R$ 344,1 bilhões.O crescimento apresentado pelo segmento em 2013 ficou dentro das estimativas da associação. Durante divulgação do ranking de 2013 (base 2012), a Abad havia previsto uma alta real de até 5% para as empresas atacadistas e de distribuição. Para 2014, a expectativa da Abad é de que o segmento cresça, em termos reais, 3,5% ante 2013. "Embora estejamos otimistas, temos de manter o pé no chão neste primeiro semestre, porque o cenário macroeconômico deste ano não está tão favorável", disse José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da Abad. Ranking. Com faturamento de R$ 7,4 bilhões em 2013, o atacadista Makro, que pertence a um grupo holandês e está no Brasil desde 1972, manteve-se na liderança do setor pelo quinto ano consecutivo. Em segundo lugar, está o Grupo Martins, de Uberlândia (MG), com receita anual de R$ 4,3 bilhões. Com 60 anos de atividade, o grupo atua no Brasil inteiro é o maior quando avaliados apenas os atacados de entrega e distribuição. Há, no entanto, uma distorção no ranking da Abad. O maior atacadista do País é o Atacadão, do Grupo Carrefour que, por questões de estratégia, não divulga os dados financeiros de suas subsidiárias. A estimativa é de que o faturamento do Atacadão gire em torno de R$ 16 bilhões e R$ 18 bilhões.

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