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Vendas no varejo crescem 5,68% no acumulado do ano

Já a receita nominal cresceu 4,75% em relação a junho de 2005, acumulando 7,54% no ano e 8,20% nos últimos 12 meses

Por Agencia Estado
Atualização:

Em junho o volume de vendas cresceu 4,08% sobre o mesmo período de 2005, acumulando 5,68% no ano e 5,34% nos últimos 12 meses. Já a receita nominal cresceu 4,75% em relação a junho de 2005, acumulando 7,54% no ano e 8,20% nos últimos 12 meses. Os dados são do último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados das vendas do varejo em junho e no acumulado do primeiro semestre mostram que o aumento do rendimento está tendo um efeito maior sobre o desempenho do setor do que o crédito, segundo o técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE, Reinaldo Pereira. "Observamos que está havendo uma troca de variável que explica o comportamento do comércio. Em 2005 o crédito claramente era a principal influência sobre o setor, em 2006 parece que começamos a chegar a um limite de crédito e está havendo uma reversão, com a renda se tornando o principal impacto para as vendas do setor", disse Pereira. As vendas do varejo nacional caíram 0,38% em junho na comparação com maio, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE. O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que iam -1,1% até 0,7%. Na comparação com junho de 2005, as vendas cresceram 4,08%, próximo à mediana das estimativas, de 5%. Junho X junho Das dez atividades do comércio cujas vendas são investigadas pelo IBGE na comparação com igual mês do ano anterior, três apresentaram queda em junho. O segmento de combustíveis e lubrificantes registrou queda de 12,55% e acumula no primeiro semestre um recuo de 10%, ainda refletindo os aumentos de preços. As vendas de tecidos, vestuário e calçados recuaram 3,14%, por causa da frustração com as vendas de inverno e a greve no setor automobilístico afetou o segmento de veículos, motos, partes e peças (-3,74%). Houve crescimento em junho ante igual mês de 2005 nas vendas de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (8,49%); artigos farmacêuticos e perfumaria (1,47%); equipamento e material para escritório e informática (31,31%); livros, jornais e papelaria (2,61%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,53%) e material de construção (4,29%) Junho X maio Os dados da pesquisa mensal de comércio do IBGE em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, mostram queda nas vendas em quatro das cinco atividades do setor pesquisadas nessa base de comparação. Pereira atribui o recuo de 5,07% nas vendas de móveis e eletrodomésticos nessa base de comparação "provavelmente ao forte aumento do mês anterior (7,22%) que foi resultado do efeito Copa e do aumento real do salário mínimo". O recuo de 2,35% nas vendas de tecidos, vestuário e calçados nessa base de comparação é atribuído, segundo Pereira, "ao inverno não rigoroso que pode ter afetado a venda da coleção de inverno". As vendas de combustíveis e lubrificantes mantiveram a trajetória de queda, com redução de 0,06%, mas o resultado mais próximo da estabilidade é o da "estabilidade dos preços". A queda nas vendas de veículos, motos, partes e peças (-5,46%) ocorreu por causa da realização da Copa do Mundo e das greves que afetaram o setor automobilístico. Por outro lado, o crescimento de 1% nas vendas do grupo de super, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo em junho ante maio mostra "um tímido crescimento provavelmente por causa da deflação ocorrida em vários produtos, associado ao ganho real no salário mínimo". Este texto foi atualizado às 16h16.

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