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Vendas no varejo se recuperam e sobem 0,5% em maio

Em abril, vendas haviam caído 0,4%; resultado foi ajudado pelo Dia das Mães e pela Copa

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - Após registrar queda de 0,4% em abril e ter o pior resultado da história para o mês, as vendas do comércio varejista se recuperaram e subiram 0,5% em maio na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pela Agência Estado, que esperavam desde uma queda de 1% a uma alta de 1,10%, e acima da mediana positiva, de 0,10%. 

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Na comparação com maio do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 4,8% em maio deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam de expansão de 1,78% a 5,30%, com mediana de 3,80%. Até maio, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 5,0% no ano e de 4,9% nos últimos 12 meses.

O aumento das vendas foi puxado pelo Dia das Mães e pela proximidade da Copa do Mundo, apontou Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, houve aumento das vendas de móveis, eletrodomésticos, televisores, entre outros.

"Foram atividades bastante relacionadas com o presente de Dia das Mães. Mas (o resultado) ainda foi melhor que no mesmo período do ano passado", disse Juliana. "Tem impacto da Copa do Mundo também, com o início da corrida para a compra de televisores", acrescentou.

O técnico Nilo Lopes, da mesma coordenação, explicou que houve efeito da Copa tanto no resultado em relação ao mesmo período do ano passado quanto na comparação com o mês imediatamente anterior, quando a atividade de móveis e eletrodomésticos subiu 1,8%, e a de artigos de uso pessoal e doméstico aumentou 2,4%. "A Copa do Mundo não ocorre todo ano, então o ajuste sazonal não é perfeito nesse caso. A Copa do Mundo influenciou os dois resultados, na margem e sem o ajuste sazonal", disse Lopes.

Esses dois eventos do calendário contribuíram com 48% da taxa de crescimento de 4,8% registrada pelo varejo em maio ante maio de 2013. O segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico foi responsável por 25,9% desse resultado, enquanto a de móveis e eletrodomésticos participou com 22,1%. Essasatividades só ficaram atrás da contribuição do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que foi responsável por 31,2% do crescimento do varejo no período. 

Construção e veículos. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,3% em maio ante abril. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas que iam de queda de 0,10% a 1,50%.

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Na comparação com maio do ano passado, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 0,9% em maio deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam de um recuo de 1,00% a aumento de 4,40%, com mediana positiva de 0,60%. Até maio, as vendas do comércio varejista ampliado acumulam altas de 1,4% no ano e de 2,2% nos últimos 12 meses. 

Tendência de queda. Apesar da recuperação em abril, as vendas no varejo ainda não tiveram uma reversão de tendência no setor, que vinha de três meses consecutivos de retração. "Eu diria que a gente precisa esperar mais algumas divulgações para fazer uma avaliação. O comércio é muito volátil", explicou Juliana, lembrando que a média móvel trimestral, que amortece movimentos erráticos, ainda mostrou queda em maio.

Setores. Em maio, oito das dez atividades pesquisadas no varejo ampliado registraram aumento no volume de vendas em relação a abril. No varejo restrito, houve expansão em todas as atividades o que explica a alta de 0,5% nas vendas em maio ante abril.

 

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