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Vendas reais na indústria caem 2,91% em julho ante julho/04

Por Agencia Estado
Atualização:

As vendas reais na indústria de transformação no mês de julho tiveram uma queda de 2,91% em relação a julho de 2004. Na comparação com o mês anterior, junho de 2005, a queda foi de 0,33% (dados dessazonalizados). No entanto, no acumulado janeiro a julho de 2005 as vendas reais registraram crescimento de 2,27% em relação ao mesmo período de 2004. A utilização da capacidade instalada em julho mostrou retração tanto em relação ao mês anterior, junho, quanto em relação a julho de 2004. O indicador ficou em 81,9% ante 83,6% em julho de 2004. Em junho deste ano, a capacidade instalada estava em 82,4%. O número de trabalhadores na indústria cresceu 3,94% em julho ante julho de 2004. No entanto, se manteve estável ante junho de 2005. No acumulado de janeiro a julho o emprego no setor registra crescimento de 5,94% na comparação com mesmo período do ano passado. As horas trabalhadas na produção aumentaram 2,78% ante julho de 2004 e também se mantiveram estáveis na comparação com junho de 2005. No acumulado do ano, janeiro-julho, o número de horas trabalhadas subiu 6,44%. A maior expansão foi verificada nos salários líquidos reais pagos pela indústria e foi de 9,33% na comparação com julho de 2004. Em relação a junho, o crescimento foi de 1,29% e no acumulado de janeiro a julho de 9,02%. Perspectivas A CNI prevê um crescimento tímido das vendas reais no segundo semestre de 2005. Segundo o economista da CNI Paulo Mol, embora a expansão esperada não seja como a do final de 2003 e início de 2004, quando foi bastante forte, deve haver uma recuperação nas vendas, nos próximos meses. Segundo Mol, essa expectativa de recuperação para os próximos meses é explicada pela procura contínua de crédito para consumo, o aumento da massa salarial e a expectativa de redução de juros, a partir deste mês. Paulo Mol disse que embora a produção física esteja crescendo - o que é medida pelas horas trabalhadas na indústria - as vendas reais mostram queda, em função da valorização do real frente ao dólar, que reduz o faturamento das empresas. Nos últimos 12 meses, encerrado em julho, Mol disse que a valorização do real foi de 22%. Ele acredita que em agosto, na comparação com agosto de 2004, as vendas reais devem continuar negativas, em função do câmbio. Em julho a queda foi de 2,91%. Na estimativa da CNI, 30% do PIB industrial é gerado pelas exportações.

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