Em três meses marcados pela pandemia do novo coronavírus e pela queda das receitas com publicidade, pela primeira vez a The New York Times Company registrou um maior faturamento com sua versão digital do que com o jornal impresso.
Enquanto a equipe trabalhou remotamente, a dona do NYT teve faturamento de US$ 185,5 milhões com publicidade e assinaturas digitais no segundo trimestre, enquanto o total da versão impressa foi de US$ 175,4 milhões, conforme balanço divulgado nesta quarta-feira, 5.
A companhia adicionou 669 mil assinantes à sua base de clientes, no melhor resultado para um trimestre da história. Agora, a empresa tem 6,5 milhões de assinantes, sendo 5,7 milhões na versão digital. A The New York Times Company tem a meta de atingir 10 milhões de clientes digitais até 2025.
Atrair assinantes dispostos a pagar para ter acesso a conteúdo é o desafio de todas as empresas do setor da comunicação atualmente. O NYT iniciou a cobrança para leitura de reportagens em 2011. Na época, essa estratégia era considerada arriscada por muitos no setor.
“Nós provamos que é possível criar um círculo virtuoso”, disse Mark Thompson, presidente da The New York Times Company, em comunicado. “Acreditamos totalmente que o jornalismo de alta qualidade amplia o engajamento da audiência. Por consequência, isso amplia as receitas financeiras e também a nossa capacidade de investimento.”
O lucro operacional ajustado da companhia entre abril e junho foi de US$ 52,1 milhões, uma queda de 6,2% em relação aos US$ 55,6 milhões do mesmo período do ano passado.