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Viagem ao exterior: perspectivas para o dólar

Quem vai viajar para o exterior até o fim do ano e ainda não comprou dólar ficou sem saber como agir frente à alta da moeda nos últimos dias. Confira a opinião de alguns analistas sobre o assunto.

Por Agencia Estado
Atualização:

Quem está com viagem marcada para o exterior no final do ano e ainda não comprou dólar acabou prejudicado pela alta da moeda norte-americana na última semana. Como as férias já estão marcadas, o ideal é avaliar bem as atuais opções para tentar minimizar as perdas. Marcelo Carvalho, economista-chefe do JP Morgan, diz que a possibilidade de o dólar bater R$ 2,00 não pode ser descartada. Segundo Carvalho, a turbulência do cenário externo vem mantendo o dólar pressionado. "Antes da crise argentina estávamos trabalhando com uma taxa de câmbio de R$ 1,90. Com a instabilidade atual, a moeda norte-americana deve fechar o ano entre R$ 1,90 e R$ 2,00", afirma. Para quem necessariamente tem que comprar dólares, o economista do JP Morgan recomenda máxima atenção ao mercado. "Por causa da alta volatilidade da moeda nos últimos dias, é difícil encontrar o momento certo de comprar. Por isso, é bom ficar de olho nas oscilações e comprar quando a moeda recuar um pouco", aconselha Carvalho. Eduardo Palma, diretor de investimentos do Lloyds TSB, acredita que o melhor a fazer é esperar um pouco para ver como se comporta o mercado. Segundo ele, a tendência do dólar é voltar a um patamar de R$ 1,92 caso o cenário externo se estabilize. Entretanto, há risco de a turbulência argentina elevar ainda mais as cotações do dólar. "Não é possível prever uma cotação máxima da moeda porque ela está flutuando muito por causa da Argentina, da crise do petróleo e das eleições nos Estados Unidos". O diretor do Lloyds aconselha o turista a aplicar seu dinheiro em fundos DI e só comprar dólares quando a moeda baixar um pouco. "O comprador não vai conseguir pagar menos de R$ 1,90, pois é pouco provável que o dólar ceda a curto prazo", diz Palma. O economista-chefe do ABN Amro Bank, Hugo Penteado, aconselha o turista a fazer operações de hedge (proteção ao risco). "Para não ter seu projeto inviabilizado, quem deseja viajar deve manter aplicar em fundos de investimentos cambiais". Penteado explica que, com a operação, o turista deixa seu capital atrelado ao dólar e evita uma grande desvalorização de suas reservas. Para o economista, o preço do dólar pode se deteriorar ainda mais. A aplicação em fundos cambiais, no entanto, oferece uma série de inconvenientes. Leia mais a respeito no link abaixo. Cartão de crédito O turista que pretende utilizar o cartão de crédito para viajar deve ter muita cautela, pois, na hora da cobrança, a fatura do cartão é cobrada conforme a cotação do dia. Com isso, ao retornar da viagem, o turista corre o risco de pagar valores altíssimos caso o dólar suba. "Quem for comprar com cartão de crédito deve moderar ou garantir o pagamento da fatura aplicando seu dinheiro em fundos cambiais", recomenda Eduardo Palma, do Lloyds.

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