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Vice-presidente do Senado reúne assinaturas para tentar realizar votação fora do plenário

Ainda não há definição se sessão ocorreria dentro ou fora do Congresso Nacional

Foto do author Julia Lindner
Por Fernando Nakagawa , Julia Lindner e Thiago Faria
Atualização:

O vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), está colhendo assinaturas de senadores para tentar transferir a sessão de votação da reforma trabalhista para outro local - sem definição se isto ocorreria dentro ou fora do Congresso Nacional.

Senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

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De acordo com um dispositivo do regimento interno do Senado, "em caso de guerra, de comoção intestina (quando há perturbação contra a ordem pública ou a autoridade constituída, revolução interna), ou de calamidade pública ou de ocorrência que impossibilite seu funcionamento na sede", se houver maioria dos senadores, a sessão pode ser realizada "em qualquer lugar".

Os governistas estão divididos sobre a apreciação da matéria e a ideia de Cássio enfrenta resistência, já que muitos parlamentares avaliam que isto demonstraria "tibieza" por parte do Senado.

Embora tenha negado que vá transferir a sessão de lugar, Eunício autorizou técnicos da Casa a prepararem o auditório do Senado no início da tarde para uma eventual sessão, onde já foram feitos testes de som e imagem. Devido aos rumores, porém, um grupo de trabalhadores e sindicalistas que estava na Casa conseguiu se concentrar na entrada do local.

++ Acompanhe ao vivo: Reforma trabalhista chega à etapa final no Senado

Parte dos integrantes da base aliada que apoiam a reforma trabalhista também considera a possibilidade de o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE) presidir a sessão dentro do plenário da Casa, mas utilizando a mesa comum de parlamentar. A ideia também poderia ser vista como sinal de fraqueza.

Outros chegaram a cogitar tirar as parlamentares da oposição que estão no plenário à força. Para isso, Eunício deslocou policiais mulheres ao local, porém a ideia não foi concretizada. Muitos avaliam que o uso de força seria prejudicial à imagem do Senado. 

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