19 de dezembro de 2007 | 13h17
Um vídeo circula pela Internet na Europa e entre as empresas no bloco que comercializam carne denunciando os maus tratos aos animais no Brasil, falta de controle fitossanitário e o uso incorreto de hormônios. O vídeo foi produzido pela Associação de Produtores de Carne da Irlanda, grupo que mais ataca a importação do Brasil e alega que o País está prejudicando as vendas européias. A Embaixada do Brasil na UE considerou o vídeo como "preconceituso" e não disfarçou indignação em relação ao seu conteúdo. Hoje, a Comissão Européia poderá anunciar novas limitações às carnes do País. O vídeo, obtido pelo Estado de um produtor na Dinamarca, acusa os fazendeiros brasileiros de "não entenderem os padrões fitossanitários que existem na Europa". "A mentalidade no Brasil é diferente. O controle do gado é uma ficção e o sistema não tem credibilidade", diz o vídeo, enquanto mostra imagens de fazendas. Um dos problemas destacados é a falta de controle no movimento de gado entre os Estados banidos pela aftosa - São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná - e os demais. Outro problema seria a falta de controle na fronteira com o Paraguai. O país está impedido de vender carne para a Europa, mas o vídeo alega que não há controle entre o que passe de um lado para o outro da fronteira. Os autores do vídeo alegam que viajaram 3 mil quilômetros pelo País e que encontraram nas propriedades garrafas de hormônios que são proibidas na Europa hoje. O vídeo também aponta para as condições precárias em que vivem os agricultores, lembrando que alguns tem salários equivalentes ao de um situação de "escravidão". "Estamos colocando a Europa em uma situação de risco se continuarmos a importar carne do Brasil", conclui o vídeo.
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