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PMs do Choque que aderiram a protesto no Rio devem ser presos

Dois policiais que atuavam para conter ato abandonaram o trabalho e foram ovacionados pelos manifestantes

Por , e Roberta Pennafort
Atualização:
PMs se juntaram aos manifestantes Foto: Julio Trindade

Um vídeo com imagens do protesto de servidores públicos contra o pacote anticrise do governo do estado do Rio de Janeiro ganhou as redes sociais nesta quarta-feira, 16. Na imagem produzida e postada no Facebook pelo estudante de comunicação Julio Trindade, dois policiais militares do Batalhão de Choque que atuavam para conter o protesto abandonaram o trabalho e se juntaram aos manifestantes. Segundo uma fonte, os PMs serão identificados e punidos com prisão administrativa. A assessoria de imprensa da Polícia Militar não confirma a informação de uma possível prisão, mas informa que irá analisar as imagens para verificar a situação.

No primeiro dia de discussões sobre o pacote fiscal, manifestantes entraram em confronto com a polícia em frente ao Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Durante o ato, servidores públicos derrubaram as grades que cercavam a entrada do prédio e tentaram invadir o local, mas foram dispersados pela PM com bombas de efeito moral e spray de pimenta. Os manifestantes prometem continuar com os atos durante toda a tramitação dos projetos de lei, prevista para ser encerrada em dezembro. 

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Em sua página no Facebook, Julio descreve que o Batalhão de Choque caminhava em direção à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para reprimir o protesto com bombas e jatos d'água. A poucos metros da Assembleia, os "dois policiais do Choque, que estavam no front (segurando o escudo e tal) abandonaram o posto e resolveram voltar no sentido contrário, sendo ovacionados".

No vídeo, os policiais aparecem sendo abraçados e aplaudidos pelos manifestantes, mas, de capacete, não têm o rosto à mostra. Os servidores públicos da área de segurança estão entre as lideranças do movimento contrário ao pacote do governador fluminense Luiz Fernando Pezão. Ainda assim, no início da tarde, ocorreram confrontos entre servidores e policiais, que utilizaram balas de borracha e gás de efeito moral.

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