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Vigilância apreende falso preservativo

Em sete Estados já foram localizadas 11 mil unidades falsificadas do preservativo Jontex, fabricado pela Johnson & Johnson. Desta vez o lote falsificado foi apreendido em Presidente Prudente, na região oeste do Estado de São Paulo.

Por Agencia Estado
Atualização:

Um novo lote de preservativos falsificados foi apreendido ontem por autoridades sanitárias em Presidente Prudente, na região oeste do Estado de São Paulo. A partir da denúncia feita por um estudante de farmácia, que estranhou a embalagem e a qualidade do preservativo Jontex que havia adquirido numa farmácia da cidade, técnicos da vigilância sanitária visitaram ontem 16 estabelecimentos. Os técnicos constataram que 4 deles vendiam falsos preservativos da marca Jontex. Em nenhum caso os proprietários das farmácias possuíam nota fiscal de compra. No total foram apreendidas 250 unidades do produto. Outras 84 farmácias de Presidente Prudente ainda serão visitadas. Com a ação de ontem sobe para 11 mil o número de preservativos apreendidos desde o ano passado, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Eles já foram encontrados em sete Estados - São Paulo, Acre, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Santa Catarina. Alerta O primeiro alerta nacional sobre a falsificação do produto da Jontex foi feito pela Anvisa em abril do ano passado por meio de um comunicado enviado a todos os Estados. O produto original e o falso são bastante semelhantes. Mas segundo a farmacêutica Renata Marques, que fez as inspeções em Presidente Prudente, é possível distinguir um do outro. Ela chama a atenção para a embalagem. "O produto original tem uma cor cinza densa e homogênea. No falsificado, o cinza é mais fraco e apresenta algumas manchas, riscos brancos", disse. "Outra diferença está na identificação com a data de validade e o número do lote - 4B3. Enquanto no original aparece no centro da embalagem, no falso fica na parte inferior". A empresa Johnson & Johnson, fabricante do Jontex, emitiu ontem uma nota repudiando o desrespeito com o seu produto e com os consumidores. Também informou que desde o início de 2001 já promoveu várias alterações nas embalagens, para dificultar a ação dos falsificadores. Uma delas foi a cor da embalagem do produto na versão lubrificada. A empresa mudou de verde para cinza e retirou a expressão "de bolso". Portanto, quem compra o produto nessa versão e com embalagem verde provavelmente está comprando o falso. Segundo a empresa, as falsificações variam. Numa delas não aparece o selo do Inmetro na frente, nem o nome do fabricante no verso. De acordo com a Anvisa a falsificação coloca em risco a saúde dos consumidores.

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