A agência de classificação de risco Moody's afirmou nesta terça-feira, 22, que a perspectiva para a indústria de óleo e gás da América Latina é estável e que a visão da agência sobre o setor de petróleo no Brasil permanece positiva. O anúncio vem em meio a discussões sobre a política de preços da Petrobrás, alvo de protestos pelo País desde o início desta semana.
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"Nos próximos 12 a 18 meses, ambientes econômicos e regulatórios favoráveis apoiarão resultados operacionais sólidos para as principais empresas da América Latina", disse a agência.
Em relatório assinado pela vice-presidente sênior da Moody's Nymia Almeida, a agência aponta que a perspectiva estável para essa indústria "reflete o esperado crescimento sólido dos lucros ao longo do próximo ano.
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O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deverá crescer cerca de 3% até o fim de 2019, devido, principalmente, ao aumento dos preços de petróleo e de gás natural, produção estável e utilização de capacidade, além de melhoras contínuas na eficiência operacional".
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Para a Moody's, os altos preços do petróleo e o aumento da produtividade nas áreas do pré-sal "apoiam o investimento de capital na Petrobrás, que pode continuar a reorganizar seus ativos para aumentar a produção, a eficiência operacional e o retorno sobre o capital". A agência afirma que os investimentos de capital na Petrobras devem permanecer estáveis em torno de US$ 15 bilhões neste e no próximo ano, "à medida que a empresa mantém o foco na redução da dívida".