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Visita do FMI é positiva, dizem analistas europeus

Por Agencia Estado
Atualização:

Analistas europeus consideram que a visita ao Brasil na próxima semana da vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anne Krueger, é um fator positivo pois reforça os indícios de que as autoridades de Washington estão dispostas a ajudar o País. Mas observam que o efeito benéfico da notícia no mercado doméstico deverá ser de curto prazo, pois um eventual acerto com o Fundo não deverá ser finalizado em breve, pois depende da aprovação dos principais candidatos à Presidência da República, algo que ainda é visto com muito ceticismo. "É claro que sinais de apoio do FMI e do Tesouro norte-americano ajudam a acalmar o mercado", disse um analista de um banco espanhol. "Mas um acordo ainda é visto como uma possibilidade distante e os investidores continuarão extremamente sensíveis aos rumos da campanha eleitoral e à situação nos mercados internacionais que hoje, por sinal, estão registrando fortes perdas novamente." A analista para América Latina do departamento de pesquisa do Deutsche Bank, Maria Laura Lanzeni, disse que os sinais de apoio do FMI estão ocorrendo num momento importante e parecem indicar que há uma concreta disposição de se ajudar o Brasil. "Mas o efeito positivo disso é de curto prazo, pois um eventual acordo, nesse momento, é uma perspectiva ainda distante", afirmou Lanzeni. "Ele irá requerer o compromisso de todos os principais candidatos com questões como o superávit primário, meta inflacionária e será uma tarefa difícil fazer com que todos formalizem esse compromisso". Segundo Lanzeni, o único fator que poderá acalmar de forma sustentável os mercados seria um avanço de José Serra (PSDB) na pesquisas eleitorais. "A grande expectativa, e para alguns última esperança, é de que Serra comece a ganhar terreno nas pesquisas com o início da campanha pela TV", disse ela.

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