PUBLICIDADE

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Notícias do mundo do agronegócio

Viter amplia oferta para se fortalecer em insumos

Marca agrícola espera crescer 10% em vendas, para 5,5 milhões de toneladas ao fim do ano

Foto do author Isadora Duarte
Foto do author Célia Froufe
Por Isadora Duarte (Broadcast), Leticia Pakulski , Célia Froufe (Broadcast) e Clarice Couto
Atualização:

A Viter, marca agrícola da Votorantim Cimentos, está investindo para ampliar a oferta de calcários, corretivos e nutrientes para solo. Criada há um ano, a empresa quer reforçar o posicionamento como fornecedora de insumos de alto valor agregado. Para isso, vai aportar R$ 15 milhões em 2021 e R$ 86 milhões nos próximos dois anos, dos R$ 200 milhões previstos até 2024. Parte da verba será destinada a aumentar em 293 mil toneladas a capacidade anual de produção das plantas de Xambioá (TO) e Itapeva (SP).

Com o investimento, a Viter espera crescer 10% em vendas, para 5,5 milhões de toneladas ao fim do ano. “Em faturamento, a alta pode ser superior, com aumento do portfólio de produtos especiais”, diz Bruno Marin, gerente comercial da empresa. Uma grande fatia da expansão virá dos grãos, que contribuem com 60% das vendas.

Fábrica no Rio Branco do Sul, no Paraná, exporta calcário agrícola Foto: Votorantim Cimento

PUBLICIDADE

Diferenciados

Líder na comercialização de calcário agrícola, a Viter vai aplicar recursos também no desenvolvimento de produtos especiais. Projeta, assim, que o segmento represente 15% das vendas em 2021, ante 10% em 2020. Entre eles, está um protetor solar para folhas e frutos, previsto para o 3.º trimestre. “Até então, as soluções eram voltadas ao solo”, diz Marin. O insumo deve permitir à Viter maior participação em citros e café.

Reforço

Publicidade

A empresa fechou parceria com a Morro Verde, de minerais fosfatados, para, a partir do 2.º semestre, comercializar seu calcário com maior teor de magnésio. A previsão é vender 60 mil toneladas em 2021, podendo chegar a 300 mil toneladas em dois a três anos, segundo o executivo.

Para fora

A Viter também aposta nos países vizinhos. A fabricante passou a vender para o Paraguai no mês passado. As primeiras cargas foram pontuais, entre 300 e 500 toneladas, conta Marin. “Ao fim do ano, a exportação deve atingir 30 mil toneladas”, estima. O foco é a cultura da soja. 

Inova

A norte-americana Lindsay, do setor de irrigação, pretende aumentar o número de revendas no Brasil em até 20% este ano e buscar os produtores que ainda não usam a tecnologia. “A demanda cresceu com o preço das commodities”, diz Eduardo Navarro, diretor-geral no Brasil. Uma das apostas no País é o seu primeiro pivô inteligente, testado em 6 mil hectares de soja e milho nesta safra e que deve chegar ao mercado em 2022. Além de irrigar, ele monitora a lavoura a partir de sensores e câmeras embutidos.

Publicidade

Aperto

PUBLICIDADE

O único entrave é que os prazos de entrega de pivôs se alongaram com a escassez de insumos como aço e componentes eletrônicos, segundo Navarro. “Já vínhamos ampliando a nossa capacidade produtiva; a dificuldade é trazer material para produzir no momento certo e pelo preço justo.” A Lindsay não abre faturamento por país, mas obteve receita de irrigação 45% maior fora da América do Norte no 2.º trimestre fiscal de 2021, encerrado em fevereiro.

De braços abertos

O Brasil lidera uma força-tarefa para que os Estados Unidos voltem a ser membros da Organização Internacional do Café (OIC), com sede em Londres. A embaixada do País na capital britânica pediu ao diretor executivo da entidade, o brasileiro José Sette, que solicitasse uma visita com o embaixador norte-americano na cidade para tratar da possibilidade da reintegração dos EUA.

Dedos cruzados

Publicidade

Formalizada em março de 2018, durante o governo de Donald Trump, a saída da maior potência econômica mundial da OIC foi considerada um baque. Agora há expectativas de que a administração de Joe Biden, assim como retornou ao Acordo de Paris, também decida por prestigiar novamente a instituição.

Manda um whats

A decisão da Bunge de usar o WhatsApp para vender farinhas, pré-misturas e outros produtos a padarias, confeitarias e restaurantes deu resultados. O canal começou a ser usado em maio do ano passado, devido à pandemia de covid-19. Naquele mês foram, aproximadamente, 1,6 mil atendimentos. Já no 1.º trimestre de 2021, o número chegou a 1,9 mil. “A aceitação pelos clientes foi ótima. Para 2021, projetamos um volume 8 a 10 vezes maior de vendas”, diz Junior Justino, vice-presidente de Trigo e Derivados da Bunge.

Conta certa

A startup iRancho quer chegar ao fim do ano com até 1,2 mil assinantes e 2,5 milhões de cabeças de gado monitoradas em seu sistema de gestão para fazendas pecuárias. Atualmente, são 450 assinantes e 1,2 milhão de cabeças. Em 2020, a empresa obteve faturamento de R$ 670 mil e quer triplicá-lo em 2021. Thiago Parente, cofundador e presidente, diz que o crescimento virá de investimento em marketing, segmentação de vendas entre diferentes perfis de produtores e parcerias com consultores e cooperativas.

Publicidade

Novidade

A empresa atua em todo o País e quer levar a plataforma também para pecuaristas dos Estados Unidos e da América do Sul e Central. A iRancho fez pedido de patente de um novo processo de rastreabilidade e quer impulsionar a tecnologia com parte dos aportes das associações de investimento-anjo BR Angels, de R$ 1,5 milhão, e Agroven, cujo valor não foi revelado. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.