
30 de março de 2015 | 02h05
O minicontrato tem atraído o investidor com foco no curtíssimo prazo, que faz operações que começam e terminam no mesmo dia (day trade, no jargão do mercado). Uma parcela pequena é de pessoas que farão uma viagem para o exterior e querem tentar se proteger da incerteza do câmbio.
A volatilidade do dólar e sua tendência de valorização são percebidas como boas oportunidades para ganhos em minicontratos. Neste produto, o investidor aposta em um cenário de alta ou queda do dólar. Se for bem sucedido, ganha a variação cambial do período. Do contrário, perde. "Chamamos isso de ajuste diário da posição. Diariamente, a Bolsa credita os lucros ou debita as perdas na conta que o investidor tem na corretora", explica o professor do Instituto Educacional BM&FBovespa Alexandre Cabral.
Margem inicial. O baixo custo exigido para começar em minicontrato e as taxas menores do que as cobradas pela Bolsa no mercado de ações são atrativos.
O prefixo "mini" tem motivo. Cada minicontrato de dólar representa US$ 10 mil - menor que o contrato tradicional (US$ 50 mil). O lote padrão para se negociar um contrato normal é cinco, o que faz o valor financeiro subir muito e deixa o produto inacessível para pequenos investidores. Já no minicontrato, não há exigência mínima.Como se trata de uma operação no mercado futuro, não é preciso ter os US$ 10 mil, mas somente a margem de garantia, usada pela corretora para o ajuste diário com a Bolsa. Para operações no day trade, as corretoras exigem um depósito em torno de R$ 200. Já para quem vai adotar a estratégia de esperar o vencimento, a margem necessária chega a R$ 4 mil.
"No último ano e meio aumentou muito a negociação de minicontrato de dólar. O produto começou a ter maior liquidez e dar bons retornos. Antes, todo mundo que operava minicontrato vinha migrado de ações. Mas hoje tem muita gente chegando direto no minicontrato", diz o analista da corretora Rico, André Moraes.
Risco. Antes de se aventurar, é válido que o investidor conheça bem os riscos da renda variável. E saiba a regra de ouro do dólar: o mercado de câmbio é sempre imprevisível. "O minicontrato tem atraído o perfil mais jovem de investidor, com até 35 anos. Mas é preciso buscar informação. A análise gráfica ajuda. Não adianta querer entrar na Fórmula 1 sem antes nem ter tirado carteira", diz o analista-chefe da Walpires Corretora, Leandro Martins.
O primeiro passo para investir em minicontrato é ter conta em uma corretora que ofereça home broker.
O minicontrato de dólar representa US$ 10 mil. O investidor aposta na alta ou na queda da moeda no mercado futuro e ganha (ou perde) a variação cambial do período contratado.
Um dos maiores atrativos do produto é o baixo valor de investimento inicial. Se o foco do investidor for o curtíssimo prazo (operação que começa e termina no mesmo dia), a margem necessária para depósito na conta da corretora gira em torno de R$ 200. Já q
A margem será usada pela corretora para descontar perdas junto à BM&FBovespa. Já os ganhos são creditados diariamente para o investidor.
O investidor com foco no curtíssimo prazo chega a fazer diversas operações em um mesmo dia, apostando na oscilação do câmbio.
O custo com emolumentos é cerca de 30 vezes menor que o com ações. Há também corretagem e Imposto de Renda.
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