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Volatilidade cambial provoca alta do spread, diz estudo

Por CAROLINA RUHMAN E CÉLIA FROUFE
Atualização:

O spread bancário brasileiro (diferença entre taxa de captação e de empréstimo dos bancos) seria 11,4% menor se a volatilidade cambial no País fosse a mesma verificada no México e 14% inferior se o ambiente legal no Brasil fosse do mesmo nível do Chile. É o que mostra o estudo "Spread bancário e volatilidade cambial", do economista do Banco Central Leonardo Alencar, em parceria com Daniel Leite, do Banco do Brasil, apresentado hoje durante o 3º Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Brasileira, promovido pelo BC, em São Paulo. O estudo mostra que uma acentuação na volatilidade cambial provoca uma elevação no spread bancário. "Uma elevação na volatilidade cambial aumenta os custos de intermediação financeira", explica o artigo. Além disso, o documento aponta que quanto melhor for o ambiente legal e o sistema judiciário, menor será o spread. "Reformas judiciais que levem a um melhor cumprimento dos contratos legais são importantes para reduzir o custo da intermediação financeira", diz. De acordo com Leonardo Alencar, um ritmo mais elevado de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também está associado a spreads menores. "Quando um país cresce mais, suas empresas estão se capitalizando mais. Existe essa correlação. E capitalizar-se mais faz com que o risco dos empréstimos diminua", explicou. Outro ponto destacado pelo economista é que a taxa básica de juros também está relacionada a spreads mais elevados. O estudo mostra ainda que a concentração bancária não parece estar relacionada com o grau de competição entre os bancos.

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