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Volks espera nota oficial para comentar ameaça

Por Agencia Estado
Atualização:

A Volkswagen do Brasil vai se pronunciar, nesta tarde, sobre as declarações do presidente mundial da empresa, Bernd Pischetsrieder, que na noite de ontem ameaçou com demissão os funcionárias que fizerem greve no País. O executivo preveniu seus empregados brasileiros sobre participar de greves em protesto pelo plano da empresa de reduzir em quase 4.000 trabalhadores sua equipe no Brasil a partir de 1º de outubro. A filial brasileira prefere aguardar uma nota oficial da matriz antes de comentar o assunto. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos dos ABC, José Lopez Feijóo, também não fez comentários até o fim desta manhã. Já o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Antonio Oliveira, disse que só vai se pronunciar após se reunir com a direção da Volks no Brasil. Por enquanto, não há encontro agendado entre as partes. O porta-voz da VW na Alemanha, Dirk Grosse-Leege, assinalou também hoje pela manhã que a empresa irá refletir sobre a conveniência de voltar a contratar os grevistas quando o mercado reagir, depois de afirmar que "a greve anunciada é ilegal". Oliveira rebateu que, ano acordo de estabilidade assinado em 2001, não há qualquer menção à não realização de greves. Desconfiança Leege afirmou estar otimista de que as negociações que mantém com os sindicatos no Brasil chegarão em bom termo, embora agora se esteja discutindo de maneira muito acalorada sobre o ajuste de pessoal no Brasil. Ele considerou que um dos principais problemas para chegar a um acordo com os representantes dos trabalhadores é a desconfiança destes para com a companhia Autovisão, que tentará colocar o pessoal excedente em outros empregos. Maior montadora de veículos no Brasil, a Volks informou em julho que retiraria 3.933 trabalhadores excedentes de sua equipe de 24.800 no País para adaptar-se às adversas condições do mercado. Desse total, 1.923 são da fábrica de São Bernardo e 2.010 de Taubaté. Os funcionários de Taubaté aprovaram, na semana passada, ?estado de greve? e prometem paralisar as atividades caso a empresa promova a transferência de trabalhadores para a Autovisão. Em São Bernardo, o sindicato local está recolhendo sugestões de protesto entre os funcionários e ainda não há uma decisão por greve.

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