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Volta do manejo manual pode abrir até 60 mil postos em quatro anos

Sistema de plantio por meiosi foi retomado pelas usinas há cinco anos e deverá ser expandido

Por Monica Scaramuzzo
Atualização:

A contratação de trabalhadores rurais pelas usinas reflete a retomada do plantio de cana pelo sistema de meiosi, diz Plinio Nastari, da consultoria Datagro. A estimativa de Nastari é de geração de até 60 mil vagas em quatro anos.

O sistema de plantio de cana meiosi, que existe desde os anos 1980, voltou a ser utilizado pelas usinas Foto: Werther Santana

Esse sistema passou a ser adotado de cinco anos para cá, apesar de existir desde os anos 1980, explica Luiz Antonio Paes, diretor do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). No meiosi, a cana é plantada em filas quilométricas intercaladas por outras culturas. “Há controle maior de falhas de brotação das mudas, menos desperdício de matéria-prima e maior rendimento, na comparação com o uso de plantadeiras.” Para cada 1 hectare plantado de cana por meiosi, o rendimento é de até 10 hectares. No sistema mecanizado, é de um para quatro. “O georreferenciamento ajudou a dar maior precisão, porque as usinas conseguem monitorar os canaviais por GPS.” 

Embora seja altamente produtivo, o meiosi não é adotado em larga escala. Pesquisa do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), feita entre janeiro e fevereiro, com 137 usinas, mostra que 23,4% delas pretendem adotar o meiosi. Destas, 87% têm planos de fazer plantio manual. 

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