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''''Volume é excessivo desde 2006''''

Por Alberto Komatsu
Atualização:

O nível de reservas internacionais do País está excessivo desde o fim de 2006 na avaliação do economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Marco Antônio Cavalcanti. De acordo com ele, a política do Banco Central (BC) de acúmulo de dólares para se defender de eventuais choques externos não tem justificativa, já que o País tem demonstrado aos investidores estrangeiros bons fundamentos econômicos. Para Cavalcanti, o nível ideal para as reservas se situa na casa dos US$ 90 bilhões. ''''Isso nos leva a crer que a estratégia (do aumento de reservas) está em outra frente, a de conter a valorização do real.'''' As reservas hoje somam US$ 190,5 bilhões. Maior responsabilidade fiscal, política do Banco Central de controle da inflação e regime de metas de inflação, instituído em 1999, são alguns dos sinais positivos que investidores estrangeiros já assimilaram. Para o economista, esse cenário evidencia que o nível de reservas internacionais está ''''exagerado''''. Um estudo do Ipea, de setembro do ano passado, quando as reservas estavam em US$ 162 bilhões, já considerava excessivo o acúmulo de dólares resultantes das exportações e das operações de compras da moeda americana por parte do Banco Central. ''''Embora a política de acumulação de reservas observadas entre 2006 e 2007 possa ser considerada acertada com base em alguns dos cenários descritos, já estaria na hora de parar de comprar, ou mesmo de vender parte das reservas, sob pena de gerar perdas sociais crescentes para o País'''', informa o estudo. ALBERTO KOMATSU ''''Volume é excessivo desde 2006'''' O nível de reservas internacionais do País está excessivo desde o fim de 2006 na avaliação do economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Marco Antônio Cavalcanti. De acordo com ele, a política do Banco Central (BC) de acúmulo de dólares para se defender de eventuais choques externos não tem justificativa, já que o País tem demonstrado aos investidores estrangeiros bons fundamentos econômicos. Para Cavalcanti, o nível ideal para as reservas se situa na casa dos US$ 90 bilhões. ''''Isso nos leva a crer que a estratégia (do aumento de reservas) está em outra frente, a de conter a valorização do real.'''' As reservas hoje somam US$ 190,5 bilhões. Maior responsabilidade fiscal, política do Banco Central de controle da inflação e regime de metas de inflação, instituído em 1999, são alguns dos sinais positivos que investidores estrangeiros já assimilaram. Para o economista, esse cenário evidencia que o nível de reservas internacionais está ''''exagerado''''. Um estudo do Ipea, de setembro do ano passado, quando as reservas estavam em US$ 162 bilhões, já considerava excessivo o acúmulo de dólares resultantes das exportações e das operações de compras da moeda americana por parte do Banco Central. ''''Embora a política de acumulação de reservas observadas entre 2006 e 2007 possa ser considerada acertada com base em alguns dos cenários descritos, já estaria na hora de parar de comprar, ou mesmo de vender parte das reservas, sob pena de gerar perdas sociais crescentes para o País'''', informa o estudo.

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