27 de abril de 2010 | 19h33
O adiamento atende à estratégia do governo de tentar ainda um acordo com a própria base para evitar a derrota na votação da MP. O governo não aceita conceder mais do que 7% de reajuste, mas os partidos aliados fecharam posição em torno do índice de 7,7%.
O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), reiterou que os aliados votarão em um único índice nas duas Casas. "A posição do PMDB (na Câmara) será rigorosamente igual à do Senado", disse. "Não vamos votar um reajuste aqui para ser alterado no Senado e voltar para a Câmara. O Senado vai passar por bonzinho, e a Câmara, por padrasto. Essa cena eu não quero ver mais", disse Henrique Alves. "Cabe ao governo convencer os senadores a não fazer jogo com a Câmara."
À tarde, deputados aliados na Câmara e no Senado se reuniram para reafirmar essa posição. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, disse que a base, as centrais sindicais e as entidades dos aposentados mantiveram a mesma posição de defesa dos 7,7%. "A base do governo vai votar esse índice. O correto é o governo concordar com isso. Se continuar a insistência (contra 7,7%), o governo vai ser derrotado", disse Paulinho.
Encontrou algum erro? Entre em contato