Publicidade

Votorantim fecha contrato de US$ 1 bilhão no níquel

Por Marianna Aragão
Atualização:

A Votorantim Metais assinou ontem um contrato de US$ 1 bilhão para compra de metade da produção de concentrado de níquel da mineradora australiana Mirabela do Brasil, que explora áreas na Bahia. O acordo vai fazer a produção de níquel da Votorantim na unidade de Fortaleza de Minas (MG) passar de 6 mil toneladas para 18 mil toneladas anuais até o final de 2009. Com o aumento, o grupo salta da décima segunda para a sexta posição no ranking mundial de maiores produtores de níquel, com capacidade de produção anual de 53 mil toneladas. "Passamos para a primeira divisão", afirmou o diretor-superintendente da Votorantim Metais, João Bosco Silva. Além da operação em Minas, a Votorantim tem minas e unidades de beneficiamento em Niquelândia (GO). O níquel, após passar pelo processo de refino, é utilizado principalmente para compor o aço inoxidável. O contrato com a Mirabela prevê o abastecimento do insumo até 2014. Mas o prazo, segundo Silva, poderá ser prorrogado, já que a jazida descoberta pela empresa australiana em Itagibá (BA) tem potencial para ser explorada por até 20 anos. As operações da mina, batizada de Santa Rita, começam no ano que vem. O concentrado de níquel comprado pela Votorantim na Bahia será transportado por caminhões até a unidade de Fortaleza de Minas. De acordo com Silva, a compra fortalece os esforços da Votorantim Metais em expandir a área de níquel, responsável hoje por 23% do faturamento total da empresa. O zinco, principal produto da companhia, respondeu por 44% do faturamento. A divisão do Grupo Votorantim que reúne ativos industriais para produção de aço, níquel, alumínio e zinco faturou R$ 6,6 bilhões em 2007. "Esse acordo é mais um passo na consolidação da estratégia de crescimento do negócio níquel", afirmou Silva. No ano passado, R$ 738 milhões foram investidos na área. O principal projeto foi uma nova unidade de produção de ferro-níquel em Niquelândia, que deve começar a operar no próximo ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.