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Votorantim inclui assentados do RS em programa de florestamento

Por Agencia Estado
Atualização:

A Votorantim Celulose e Papel S.A. (VCP) vai apresentar no próximo dia 19, em Pelotas, no Rio Grande do Sul, um programa de incentivo à plantação de florestas no Estado, inclusive para os assentados do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Denominado Poupança Florestal, o programa oferece mudas de eucaliptos, assistência técnica regular e financiamento de R$ 2,3 mil por hectare para preparo do solo e pagamento de mão-de-obra. O agricultor que topar o negócio pagará juros de 9% ao ano e terá, na assinatura do contrato, a garantia de compra das árvores por dois ciclos, aos sete e aos 14 anos, pelo preço atual corrigido também à razão de 9% ao ano. A garantia que vai oferecer não será a hipoteca da terra, mas a própria floresta. A empresa está investindo na formação de uma base florestal na metade sul do Rio Grande do Sul para garantir abastecimento a uma futura fábrica de celulose na região. Além de incentivar os agropecuaristas a diversificarem suas atividades, a VCP já investiu R$ 160 milhões na aquisição de 63 mil hectares em 14 municípios próximos a Bagé e Pelotas. Neste ano foram plantados 11 mil hectares. Iniciativa O diretor-presidente da VCP, José Luciano Penido, confirmou nesta quarta-feira, em Porto Alegre, que a empresa está negociando com a direção nacional do MST a adesão ao programa, que poderá ser feita em bloco, pelas cooperativas, ou individualmente, pelos agricultores assentados. Entre as vantagens enumeradas por Penido para a adesão ao programa está uma atividade econômica com resultado garantido e financiamento facilitado, nas mesmas condições para grandes proprietários rurais e para assentados da reforma agrária. Em outras situações, os bancos costumam recusar o cadastro de assentados por eles não terem a posse definitiva da terra e por estarem em locais sem infra-estrutura, com prognóstico incerto de colheita. O programa da VCP não quer convencer o agricultor a substituir sua atividade pelo florestamento. "Oferecemos a opção de uma segunda atividade econômica, que tem o significado de uma poupança futura para o plantador", explica Penido. A experiência no Rio Grande do Sul será pioneira e poderá ser estendida a outros Estados do País posteriormente.

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