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VW defende pagamento de PPR a funcionários de até R$ 4.920

Para sustentar sua argumentação, a Volkswagen usou como exemplo os valores de PPR pagos por duas de suas principais concorrentes no mercado.

Por Agencia Estado
Atualização:

A Volkswagen defendeu hoje sua proposta de pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) aos funcionários das três fábricas do Estado, que varia entre R$ 4.360 e R$ 4.920, com base de R$ 4.700. Segundo a montadora, o valor é 13,8% maior ao oferecido aos empregados no ano passado. Enfrentando paralisações nas unidades de São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos desde a semana passada, que já prejudicam a entrega de veículos a clientes, a Volkswagen destacou, em nota, que o valor exigido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (R$ 5.500) compromete a competitividade da empresa. "A Volkswagen não pode concordar com a indicação de valores tão elevados, superiores aos praticados no mercado, e que comprometem a competitividade dos negócios da companhia", avaliou o gerente corporativo de Relações Trabalhistas da companhia, Nilton Junior. Argumentos Para sustentar sua argumentação, a Volkswagen usou como exemplo os valores de PPR pagos por duas de suas principais concorrentes no mercado. Segundo a nota, uma das montadoras pagará R$ 2.580, se os objetivos de produção, qualidade e absenteísmo forem atingidos, e outra pagará R$ 3.240 como valor básico. A empresa não citou o nome das competidoras. "É natural que existam expectativas de ganho maior, mas é preciso que fatores como referências de mercado e competitividade da companhia sejam a base para a tomada das decisões", complementou. A Volkswagen ressaltou ainda que permanece disposta a negociar uma solução para o impasse, que já dura dois meses, "o mais rapidamente possível", mas reiterou sua intenção de "ater-se às práticas de mercado no que se refere a valores e indicadores". Greve A greve dos metalúrgicos da Volkswagen teve início na semana passada na unidade de São Bernardo do Campo, onde a montadora produz Polo, Polo Sedan, Gol, Saveiro, Santana, Kombi e uma parte significativa dos Fox exportados para a Europa. Ontem, a fábrica de São Carlos, onde são produzidos os motores que abastecem todas as unidades da companhia no País, decidiu aderir ao movimento, e hoje a fábrica de Taubaté, que produz Gol e Parati, também paralisou suas atividades. A Volkswagen emprega cerca de 18 mil funcionários em suas três unidades paulistas.

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