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Wal-Mart decide entrar na briga do 'atacarejo'

Por AE
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Dois anos e meio após ter incorporado a rede Maxxi, que é uma mistura de atacado com varejo, popularmente conhecida como "atacarejo", o grupo varejista norte-americano Wal-Mart decidiu acelerar a expansão nesse segmento. A rede vai investir R$ 80 milhões este ano na abertura de cinco lojas, sendo quatro delas fora da região Sul, onde estão localizados hoje os 13 pontos-de-venda da rede. No último trimestre do ano, serão inauguradas três lojas na Bahia (Salvador e Região Metropolitana), uma em Diadema (SP) e outra em Londrina (PR). "Em 2009, os investimentos e o número de lojas no formato ''atacarejo'' serão bem maiores", afirma o vice-presidente de Operações de Atacado do Wal-Mart, Marcelo Vienna. Ele observa que a expansão da rede Maxxi em 2009 será nacional - isto é, para as regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Ainda para este ano, Vienna não descarta a possibilidade de inaugurar um número maior do que as cinco unidades previstas. "Esse formato de loja será o motor do crescimento da rede nos próximos anos." Em 2007, o grupo abriu apenas duas lojas com a bandeira Maxxi: em Itajaí (SC) e em Novo Hamburgo (RS). Foi exatamente o excelente desempenho alcançado com essas duas unidades que deu sinal verde para que um projeto mais ambicioso fosse colocado em prática. "O Wal-Mart já indicou como age no varejo brasileiro: primeiro estuda o mercado e o formato da loja, e depois ''manda bala''", observa o consultor da Mixxer Desenvolvimento Empresarial, Eugênio Foganholo. Para o consultor, a rede americana tem mais vantagens competitivas em relação aos principais rivais, o Pão de Açúcar, que comprou 60% da rede Assai em novembro, e o Carrefour, que adquiriu o Atacadão em abril do ano passado. A vantagem competitiva, diz Foganholo, é o fato de o Wal-Mart ter, além da Maxxi, outra bandeira atacadista, o Sam''s Club - apesar de esta última estar voltada para o público de maior poder aquisitivo, ao contrário da Maxxi, dirigida para as classe C e D e pequenos comerciantes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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