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Wal-Mart paga extras a membros do conselho que investigam suborno

Por JESSICA WOHL
Atualização:

O Wal-Mart disse na segunda-feira que os membros do comitê de auditoria de seu conselho receberam pagamentos maiores pelo último ano, devido ao trabalho extra que tiveram para lidar com uma investigação em curso sobre supostos subornos estrangeiros. A maior varejista do mundo também disse em sua declaração anual que os incentivos em dinheiro para seus principais executivos em 2014 seriam baseados parcialmente no cumprimento de certas metas de conformidade com a legislação. Incentivos para os executivos sêniores ainda terão como base metas financeiras e de crescimento, mas os executivos terão também de cumprir metas de observância da legislação como parte do novo plano. Os executivos que não atingirem esses objetivos poderiam ter os seus incentivos financeiros anuais reduzidos ou eliminados, de acordo com os documentos regulatórios. Em novembro de 2011, o Wal-Mart iniciou sua própria investigação sobre as questões que incluem supostas violações da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior dos EUA, e se tais problemas foram devidamente abordadas pela empresa. A questão veio a público um ano atrás, quando o New York Times publicou uma reportagem que descrevia como o Wal-Mart tinha intencionalmente abafado uma investigação interna preliminar sobre acusações de que autoridades do Wal-Mart de México pagaram subornos para ajudar a construir lojas no México. A empresa varejista disse na segunda-feira que estava "implementando melhorias em como nós denunciamos e investigamos denúncias de irregularidades em todo o mundo." Durante o ano fiscal 2013, que terminou em janeiro, o Comitê de Auditoria reuniu-se 15 vezes, enquanto outras comissões reuniram-se cinco ou sete vezes, e todo o conselho reuniu-se seis vezes, segundo o Wal-Mart. Os membros do comitê de auditoria foram pagos com um adicional de 60 mil dólares, enquanto o presidente da comissão, Christopher Williams, recebeu 85 mil dólares, informou a empresa. O Wal-Mart gastou 157 milhões dólares no ano passado em sua investigação de supostas denúncias de suborno no México, Brasil, China e Índia, e em melhorias para seus programas de observância da legislação. (Reportagem de Jessica Wohl, em Chicago; reportagem adicional de Liana B. Baker, em Nova York)

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