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Zimmermann: risco de desabastecimento de energia é baixo

Por EDUARDO RODRIGUES E ANNE WARTH
Atualização:

O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia (MME), Márcio Zimmermann, citou nesta quarta-feira,19, o relatório da última reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada na semana passada, que alterou de "baixíssima" para "baixa" a probabilidade de risco de para o abastecimento, e admitiu que a mudança no termo ocorreu devido a um mês de fevereiro ruim em chuvas. "Mas a não ser que ocorra uma seca pior do que se planejou, o sistema será atendido adequadamente", ressaltou.Zimmermann tentou minimizar as avaliações de que a grande necessidade atual de despacho de usinas térmicas no País seja uma crise. Em apresentação na Câmara dos Deputados, ele disse que o uso dessa eletricidade mais cara no Brasil ainda está muito abaixo do verificado em outros países. "A geração térmica muitas vezes é colocada como problema de crise, mas 68% da energia do mundo é térmica e são todos países viáveis. No Brasil, quando se estão gerando muitas térmicas isso é só 20% da nossa energia", afirmou, em audiência pública na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.Zimmermann detalhou que, dos quase 16 mil megawatts (MW) médios de térmicas disponíveis no País, cerca de 10 mil MW são usinas a gás natural. O secretário votou a dizer que o Brasil está hoje em equilíbrio estrutural, dentro do planejamento cujo critério de risco tolera um déficit de 5%. Ou seja, segundo ele, não há risco de racionamento."Mas hoje temos sobra de 6 mil MW médios, e muitos projetos de usinas à frente", completou. Ainda assim, Zimmermann relatou que em janeiro e fevereiro a pior seca do Nordeste coincidiu com secas de Sudeste e Sul. De acordo com ele, ainda que em março as chuvas não estejam sendo fortes, as primeiras precipitações já começaram a ajudar o Sudeste, onde estão principais reservatórios do País.

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