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CVM adia prazo para entrega de informe de governança corporativa

Prazo terminaria nesta quarta-feira, 31, mas apenas 63 companhias entregaram o documento; nova data para atender à nova exigência é dia 9 de novembro

Por Pedro Ladislau Leite e Renata Batista
Atualização:

RIO - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prorrogou para 9 de novembro o prazo para a entrega do Informe de Governança Corporativa. O prazo terminaria nesta quarta-feira, 31, mas Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) pediu que fosse postergado e o colegiado aceitou o pleito.

Desde o fim da semana passada, algumas companhias começaram a apresentar o documento. Até a tarde desta quarta, 63 companhias haviam registrado na CVM seus respectivos informes. Natura, Renner, Vale e Ambev estão entre as empresas que já publicaram o documento, que foi construído no modelo de "pratique ou explique". As empresas devem informar se adotam ou não uma determinada conduta considerada como boa prática de governança. Nos casos em que não adota, são obrigadas a explicar as razões.

CVMdeve bater o recorde histórico de processos sancionadores julgados. Foto: Fabio Motta/Estadao

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A CVM ainda não divulgou o motivo para a prorrogação. É a segunda vez que a data de entrega é alterada. Em março, a data foi adiada para que fosse concluída a plataforma que receberia as informações.

Mais transparência

Superintendente-geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Heloisa Bedicks avalia que o a divulgação dos informes vai "trazer mais transparênica ao mercado, maior prestação de contas".

"O Brasil está dando um passo à frente em termos de adequação às melhores práticas de governança, em linha com os outros países", afirma ela, que trabalhou no desenvolvimento do código.

A primeira empresa a entregar o informe foi a Lojas Renner. Segundo Laurence Beltrão Gomes, diretor de relações com investidores da rede, os trabalhos para responder ao informe começaram no ano passado. "Vimos quais eram as necessidades, e trabalhamos em cada uma das oportunidades. Muitas eram apenas deformalizações".

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Na avaliação do executivo, é possível fazer ajustes no modelo do informe. "A única coisa que entendemos que poderia ser diferente é não ter que dar explicação para itens que as companhias aplicam. Quando se olha aqueles vários itens com explicações, pode-se pensar que as companhias não aplicam e a realidade pode não ser essa", explica.

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