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FMI define junho como prazo para reformas de governança avançarem

Reformas darão a países emergentes mais voz sobre como a instituição é dirigida, em uma tentativa de quebrar o impasse criado pelo fracasso dos Estados Unidos em ratificar mudanças

Por Anna Yukhananov
Atualização:

WASHINGTON - O Fundo Monetário Internacional (FMI) definiu junho como prazo final para avançar com as reformas que darão a países emergentes mais voz sobre como a instituição é dirigida, uma tentativa de quebrar um impasse criado pelo fracasso dos Estados Unidos em ratificar as mudanças.

As reformas de governança foram adotadas pelo FMI em 2010, inicialmente determinando o prazo de 2012 para que todos os membros as endossassem. A administração do presidente norte-americano Barack Obama até agora não foi capaz de convencer os republicanos no Congresso a agir sobre as medidas.

A administração do presidente norte-americano Barack Obama até agora não foi capaz de convencer os republicanos no Congresso a agir sobre as medidas. Foto: Reuters

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A diretoria do FMI afirmou na quarta-feira que os 188 países membros da instituição devem concordar em passos que podem fazer um "progresso significativo" na direção de reformas até 30 de junho, sem dar detalhes.

Autoridades de Finanças em todo o mundo haviam dado anteriormente aos EUA até 1º de janeiro para agir e ameaçaram agir sem o país se ele não o fizesse.

As reformas vão dobrar os recursos do Fundo e dar mais voz a mercados emergentes como China e Brasil. As mudanças também vão renovar a diretoria do FMI para reduzir o domínio da Europa ocidental.

Muitos parlamentares republicanos dos EUA reclamam que as reformas do FMI custariam demais em um momento de altos déficits e cortes orçamentários nos EUA, e reduziriam a influência norte-americana no FMI. Outros veem a questão como uma ponto para usar em negociações com a Casa Branca em outras prioridades republicanas.

Não há um caminho claro para aprovar nem mesmo partes da reforma de governança sem aprovação formal dos Estados Unidos, que detém a única fatia controladora dos votos do FMI.

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