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Multinacional chilena CMPC vai investir R$ 2,75 bi para modernizar fábrica de celulose no RS

Projeto BioCMPC integra estratégia ESG da empresa e estipula um plano de melhorias voltadas para sustentabilidade e aumento de capacidade de produção

Por Heloísa Scognamiglio 
Atualização:

A multinacional chilena de papel e celulose CMPC anunciou nesta sexta-feira, 6, o investimento de cerca de R$ 2,75 bilhões em um projeto de sustentabilidade e modernização de sua planta em Guaíba, no Rio Grande do Sul. Chamado de BioCMPC, o projeto é composto por 31 ações de melhorias, com foco tanto em gestão e controles ambientais, quanto no aumento da capacidade de produção. 

“É uma iniciativa da bioeconomia que nasce com o nosso propósito, renovado há um tempo atrás, que é criar, conviver e conservar. É a nossa contribuição para a prática ESG”, afirma o diretor-geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger. A sigla ESG se refere a aspectos ambientais, sociais e de governança de uma empresa. 

CMPC vai investir cerca R$ 2,75 bilhões em um projeto de sustentabilidade e modernização de sua planta em Guaíba, no Rio Grande do Sul. Foto: Fabiano Panizzi/Divulgação

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Entre as medidas de gestão ambiental estipuladas pelo BioCMPC, estão a instalação de uma nova estação de monitoramento da qualidade do ar; a instalação de uma nova caldeira de recuperação, que reduzirá em até 60% a emissão de gases do efeito estufa; um novo precipitador eletrostático, aumentando a eficiência de retenção de material particulado para 99%; e a criação de um novo centro de controle ambiental, que funcionará 24 horas. 

“O objetivo é acompanhar todas as nossas operações, para prevenir qualquer tipo de interferência e incômodo para a comunidade e qualquer tipo de desvio dos parâmetros ambientais da nossa licença”, diz Harger. 

As iniciativas para modernização da operação incluem a instalação de novos equipamentos, melhorias e ampliações, além de um trabalho para a redução do volume gerado de resíduos industriais. “Consequência disso é um aumento de capacidade de 18% versus o volume que a gente vem fazendo nos últimos 12 meses, o que equivale a 350 mil toneladas de capacidade adicional”, explica o diretor-geral da empresa. 

O projeto começa a ser implementado em setembro. Serão 26 meses de obras, durante os quais a empresa estima que serão gerados 3.680 empregos diretos e indiretos, além de outros 3.850 induzidos na economia, em um total de 7.530 postos de trabalho no período. A empresa também realizará um programa de formação e contratação com as metas de utilizar 70% de mão de obra local e 50% de fornecedores locais. 

“Vamos aproveitar ao máximo empresas e mão de obra do Rio Grande do Sul. Estamos também com um programa de formação de mão de obra na região de Guaíba. Principalmente de construção civil, montagem mecânica, estamos prevendo 900 posições de treinamento para que os fornecedores possam chegar na cidade de Guaíba e contar com um banco de profissionais treinados recentemente”, declara Harger. 

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A ideia é que os resíduos gerados na obra também sejam reaproveitados e transformados em novos produtos. “O resultado pós-implementação do projeto BioCMPC é a nossa unidade se tornando uma das unidades de produção de celulose mais sustentáveis do Brasil, quando olhamos as questões de gestão de resíduos, tratamento de efluentes, emissões atmosféricas, tratamento de gases e gestão ambiental”, conclui. 

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