
16 de outubro de 2015 | 14h30
RIO - A paralisia dos investimentos privados diante da expectativa em torno dos desdobramentos das investigações de episódios de corrupção em curso no País é um fator crucial para explicar a perspectiva de recuo de 3% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2015, conforme previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), avalia o representante do Brasil no fundo, Otaviano Canuto.
Em debate do Conselho Empresarial da América Latina (Ceal) sobre investimentos e alianças público-privadas na região, Canuto destacou a importância de melhorar a governança nesses países, a despeito dos efeitos dolorosos desses processos no curto prazo, a exemplo do que ocorre hoje na economia brasileira.
Leia mais sobre governança corporativa
Canuto destacou que os países da América Latina enfrentam de modo geral limites fiscais para sustentar um modelo de investimento baseado apenas no financiamento público. "Mais do que nunca é necessário encontrar formas de participação do setor privado no financiamento e implementação de investimentos quase públicos, como em infraestrutura. A regra geral é de impacto negativo sobre a produtividade quando não há investimentos adequados em infraestrutura", avaliou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.