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Renato Vale deixará de ser presidente da CCR no final de julho

Ele será substituído por Leonardo Couto Vianna, que era presidente da CCR Mobilidade desde o ano passado

Por Renato Carvalho
Atualização:

A concessionária CCR anunciou no começo da noite deste sexta-feira, 20, por meio de Fato Relevante, que Renato Alves Vale deixará o cargo de presidente da companhia em 31 de julho. Vale está no comando da CCR desde sua fundação. Ele será substituído por Leonardo Couto Vianna, que era presidente da CCR Mobilidade desde o ano passado.

Renato Vale deixará de ser presidente da CCR no final de julho. Foto: JF DIORIO/ESTADÃO

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Formado em Engenharia Civil pela Fundação Mineira de Educação e Cultura e em Direito pela Universidade Paulista (Unip), Vianna ingressou na NovaDutra como gerente de Engenharia em 1996, passando a diretor da NovaDutra em 1998, de onde seguiu, em 2002, para a diretoria de Desenvolvimento de Novos Negócios da CCR, cargo que ocupou até 2017.

A CCR Mobilidade passará a ser comandada pelo engenheiro Italo Roppa, atual presidente da CCR Rodovias SP, que será comandada por Paulo César de Souza Rangel, que comanda a CCR Viaoeste e CCR Rodoanel. 

Segundo a companhia, a movimentação faz parte do processo de reestruturação iniciado em 2014. 

Denúncia. A saída do presidente da CCR acontece em um momento de forte pressão. Há um mês, em depoimento de sua delação premiada à Lava Jato, o operador Adir Assad afirmou ter recebido por meio de suas empresas de fachada cerca de R$ 46 milhões de concessionárias de rodovias do Grupo CCR. A delação integra a documentação da 48ª fase da operação, que investiga irregularidades em rodovias e envolve empresas que conquistaram concessões no Estado de São Paulo durante as gestões tucanas de Geraldo Alckmin e José Serra. 

Os repasses teriam sido efetuados entre 2009 e 2012 e parte dos valores, segundo Assad, foi entregue ao ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza. Procuradas, as defesas de Adir Assad e Paulo Souza não retornaram. O PSDB também não respondeu.

Em nota, a Camargo Corrêa informou que “não tem nenhum interesse em sequer diminuir sua participação na CCR. Pelo contrário, continua convicta do potencial e crescimento da companhia”. Já a Andrade Gutierrez afirmou que não comenta boatos do mercado. Soares Penido e Temasek não comentam. O GIC não retornou os pedidos de entrevista.

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