13 de agosto de 2021 | 06h00
Atualizado 13 de agosto de 2021 | 12h26
RIO - Um seguro de automóvel com cobertura de furto, mas sem cobertura contra colisão. Ou um seguro de motocicleta que cobre 50% do valor do veículo. A partir de 1.º de setembro, as seguradoras terão mais liberdade para criar e oferecer formas novas – e mais baratas – de seguros de veículos. Será possível, inclusive, contratar o seguro auto sem nem mesmo ser proprietário de um automóvel.
Publicadas nesta sexta-feira, 13, pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), as regras que flexibilizam e simplificam o seguro de automóvel esperam torná-lo mais popular. Da frota total de veículos do País, apenas 16% tinham cobertura de seguro em 2019. Esse porcentual cresce para 33% se considerados apenas veículos com até dez anos de fabricação. Para a Susep, é possível melhorar esses indicadores oferecendo mais liberdade contratual, diversificação e melhores preços.
“Vamos permitir, com as novas regras e critérios, que uma diversificação efetiva de produtos apareça. Se alguém quiser fazer seguro só da metade do carro, por que não permitir isso? É melhor do que não ter um seguro”, explica Rafael Scherre, diretor da Susep.
Entre as mudanças previstas, está a possibilidade de que o seguro seja contratado mesmo sem identificação exata do veículo, o que já existe em outros países. O diretor detalha que isso facilitará, por exemplo, o acesso ao seguro por motoristas de aplicativos e condutores que compartilham veículos, usam carros por assinatura ou alugados nos fins de semana. Não precisa ser dono do carro, basta apontar o valor desejado do seguro e referências sobre o tipo de veículo.
A Susep também mudará regras que, segundo a entidade, podem baratear os seguros. As seguradoras passam a ter a possibilidade de cobrar franquia em casos de indenização integral ou por incêndio, queda de raio e explosão, o que era proibido. Também passam a poder exigir no contrato que os reparos sejam feitos exclusivamente em oficinas da rede credenciada. “O segurado passa a participar do risco, o que pode torná-lo mais diligente”, diz.
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