30 de abril de 2010 | 17h46
O novo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, defendeu que são necessárias barreiras à importação de automóveis até que a indústria automotiva brasileira tenha a competitividade necessária. Atualmente, a alíquota de importação de automóveis é de 35%.
Segundo Belini, o setor se tornará competitivo quando produção e vendas alcançarem o patamar anual de 6 milhões de unidades. "Precisamos encontrar uma forma de competir em condições de igualdade no mercado internacional", disse. Ele disse que considera "absurdo que minério de ferro ande 18 mil quilômetros e volte em forma de bobinas de aço para o Brasil."
Belini acrescentou que todas as montadoras se preocupam com o impacto da produção no meio ambiente e que estão desenvolvendo tecnologias para ficar abaixo dos níveis determinados pela legislação. Sem estimar porcentuais, ele afirmou que parte dos investimentos de USS 11,2 bilhões do setor previstos para o período de 2010 a 2012 deve contemplar essa finalidade. "O menor índice de poluição do setor está no Brasil, com o uso do álcool como combustível", disse.
Em relação às convocações (recalls) feitas pelas montadoras nos últimos meses, Belini disse que a confiança do consumidor no setor não foi abalada. Ele destacou que, uma vez detectado um problema, é necessário dar uma resposta ao consumidor. "As montadoras buscam o melhor padrão", afirmou, acrescentando que espera que os recalls ocorram em menor quantidade daqui para frente. "Cada empresa sabe quanto custa construir uma imagem junto ao consumidor."
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