Publicidade

53% das empresas planejam investir mais em 2008, aponta FGV

Por Alessandra Saraiva
Atualização:

A parcela de empresas que programam investir mais em 2008 é de 53%, superando os 38% que previam o mesmo no ano passado. A informação consta da edição de outubro/novembro da pesquisa Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação - Quesitos Especiais, que entrevistou 659 empresas, entre os dias 1 de outubro e 9 de novembro. A proporção de empresas que projetam redução do volume de investimentos caiu de 13% para 9%, de igual pesquisa realizada no mesmo período no ano passado.   Segundo o levantamento, anunciado nesta quinta-feira, 22, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), as projeções de investimentos em capital fixo para 2008, no período de outubro e novembro deste ano, superaram em otimismo as previsões feitas para esse quesito no ano passado, em relação ao ano de 2007.   Em comunicado, a fundação observa que "dos 21 gêneros pesquisados, 15 apresentaram resultados superiores aos do ano passado e seis, inferiores".   No levantamento, pela primeira vez, as empresas quantificaram, em faixas, uma projeção para o patamar de crescimento do investimento para o ano seguinte - no caso, o de 2008. "A faixa com maior incidência foi a de crescimento entre 10,1 e 20%, citada por 28% das empresas. Crescimento entre 5,1% e 10% foi previsto por 26% das empresas; crescimento entre 0,1% e 5% por 24%; 22% esperam aumento superior a 20%", detalhou a fundação, em comunicado.    Segundo semestre   Para o segundo semestre deste ano, o empresariado informa que está investindo mais do que no primeiro semestre de 2007. Segundo o levantamento, 48% das empresas pesquisadas estão investindo mais, nos últimos seis meses do ano e 15% investem menos. Na pesquisa anterior, em julho deste ano, 42% projetavam investir mais e 19% estimavam patamar menor de investimentos no segundo semestre.   Ainda segundo o mesmo levantamento, 50% das empresas consultadas informaram ter investido mais no primeiro semestre deste ano do que no semestre imediatamente anterior, enquanto 10% responderam ter investido menos. Em igual pesquisa realizada em julho, quando o primeiro semestre tinha acabado de terminar, 38% das empresas achavam ter ampliado os investimentos no primeiro semestre e 21% informaram redução de investimento.   Contratação em 2008   A intenção de contratação do empresariado para 2008 mostrou-se otimista. Segundo o levantamento, a parcela de proporção de empresas que pretendem expandir o contingente de mão-de-obra no ano que vem alcançou 46%. Na mesma pesquisa realizada em igual período no ano passado, o porcentual de empresas pesquisadas que projetavam contratar mais foi de 40%.   Ainda segundo a FGV, o porcentual de empresas que planejam demitir no ano que vem caiu de 10% para 5%, do levantamento realizado em igual período no ano passado para a mesma pesquisa esse ano. "Dos 21 gêneros, 15 apresentaram previsões mais favoráveis que as do ano passado. Em seis, os resultados foram piores", esclareceu a FGV, em comunicado.    Previsão otimista   As previsões da indústria para 2008 foram otimistas no período de outubro e novembro deste ano, e mais positivas do que as projeções do empresariado para 2007 em igual período no ano passado, na avaliação da FGV.   As previsões da indústria para 2008 se equiparam ao patamar de otimismo do empresariado em outubro de 2004, nas estimativas realizadas para o ano de 2005. Um dos destaques nas projeções é o quesito faturamento. De outubro e novembro do ano passado para igual período esse ano, aumentou de 71% para 75% a parcela de empresas que prevêem crescimento das vendas, descontada a inflação, no ano que vem. Já a parcela das empresas que projetam diminuição do faturamento manteve-se em 5% do total, no período.   De acordo com a fundação, "em 12 dos 21 segmentos industriais pesquisados, as projeções feitas este ano superam as do ano passado; e em nove, são inferiores". A FGV informou ainda que, assim como em anos anteriores, as empresas foram chamadas a quantificar o crescimento do faturamento previsto para 2008 - que foi indicado pelas empresas em intervalos de taxas de crescimento. A maior incidência de respostas do empresariado (45%) apostou em um crescimento de faturamento anual, para 2008, na entre 5,1% e 10% - sendo que, em igual pesquisa no ano passado, 37% das empresas apostaram nessa faixa de crescimento. Um patamar de alta de vendas menos intenso, entre 0,1% a 5%, foi previsto por 25% das empresas, ante 42% das companhias em igual pesquisa no ano passado.   Ainda segundo a fundação, 24% das empresas entrevistadas projetam alta de vendas entre 10,1% e 20%. No ano passado, o porcentual de empresas que estimavam essa taxa de crescimento de vendas era de 16%. Por fim, 6% dos pesquisados projetaram crescer mais de 20% em faturamento no ano que vem - sendo que, no ano passado 5% das empresas pesquisadas apontavam para essa faixa de crescimento de rendas, para o faturamento de 2007.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.