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À espera de relatório de inflação, DIs voltam a cair

Dados ruins dos Estados Unidos e a Europa voltaram a puxar o movimento dos DIs

Por Alessandra Taraborelli e da Agência Estado
Atualização:

As projeções das taxas futuras de juros tiveram nesta quarta-feira um comportamento igual ao da véspera e encerraram com queda ante o ajuste anterior. Mais uma vez, dados ruins dos EUA e a Europa ajudaram a puxar o movimento dos DIs. Além disso, a expectativa pelo Relatório Trimestral de Inflação que será divulgado amanhã também impôs ajustes na curva a termo. Na sessão normal da BM&F, o DI janeiro 2013 (86.205 contratos) ficou estável, em 8,91% da véspera, e o janeiro 2014 (254.581 contratos) passou de 9,53% ontem para 9,50% nesta quarta-feira. Já o DI janeiro 2017 (47.406 contratos) projetou taxa de 10,62%, ante 10,68%, e o janeiro 2021 (2.875 contratos) ficou em 11,09%, ante 11,14% ontem. Por aqui, além da espera pelo relatório de inflação, surgiram notícias de que o governo poderia anunciar medidas para reduzir o spread do setor bancário, após os dados de créditos da véspera mostrarem que o custo dos empréstimos subiu mesmo com o recuo da Selic. A informação não foi confirmada pelo governo. Segundo uma fonte, os analistas devem se debruçar sobre o documento para planejar suas apostas para o próximo trimestre. "Amanhã o mercado vai ficar todo voltado para o relatório e é o documento que deve ditar o ritmo do mercado (de juros)", disse a fonte. Nos EUA, logo cedo, o Departamento do Comércio informou que as encomendas de bens duráveis subiram 2,2% em fevereiro, abaixo das estimativas de alta de 3%. Para piorar ainda mais o humor dos investidores, o Departamento de Energia dos país informou que os estoques de petróleo subiram 7,102 milhões de barris na semana encerrada em 23 de março, para 353,39 milhões de barris, muito acima do aumento de 2,2 milhões de barris previsto. A notícia pesou, principalmente, sobre os mercados acionários, que já vinham se ressentindo do declínio nos preços das commodities desde cedo, provocado por temores de uma redução da demanda da China. Na Europa, as preocupações com a Espanha aumentaram após relatório do Citigroup, afirmando que o país poderá precisar de algum tipo de socorro até o fim do ano, embora uma reestruturação da dívida de quarta maior economia da zona do euro possa ser evitada. O documento alertou que o país poderá perder o acesso aos mercados financeiros ou o BCE poderá tornar o apoio adicional para os bancos espanhóis condicional à aceitação de um programa projetado por essas instituições.

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