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Ação da Vivo sobe com aposta em união fixo-móvel

Por Agencia Estado
Atualização:

As ações preferenciais da Vivo fecharam no topo das maiores valorizações do Índice Bovespa hoje e na cotação máxima do pregão. O ganho alcançou 3,58%, para R$ 5,49, depois de 692 negócios. O giro com o papel ficou em R$ 13,1 milhões. A perda acumulada no ano, que já superou 42%, foi reduzida para pouco mais de 37%. A forte depreciação nas cotações começou a atrair algumas apostas, a despeito do desempenho muito pior do que o esperado no segundo trimestre. Investidores mais agressivos estão dispostos a correr os riscos da empresa na expectativa de que o grupo Telefónica adote, no Brasil, a mesma estratégia de união entre a fixa e móvel realizada na matriz listada na Bolsa de Madri. O grupo concluiu recentemente a reorganização que incorporou a Telefónica Móviles à Telefónica de Espanha. Aumentam as apostas de que o grupo espanhol deve ficar sozinho no controle da Vivo, hoje dividido com a Portugal Telecom. A crença é de que a empresa comprará os 50% que faltam do Sonaecom, em caso de sucesso na oferta hostil lançada pelo grupo varejista pela operadora portuguesa. Há quem diga que esse movimento deve acontecer mesmo que o Sonae não consiga adesão para concluir a OPA, pois faria parte da estratégia internacional da companhia espanhola. O plano inicial da Telefónica seria vender os cerca de 9,6% que possui na Portugal Telecom ao Sonaecom e utilizar os recursos para pagar a compra da metade do controle da Vivo que ainda não detém. Existem rumores de que esta operação já estaria pré-acordada entre as companhias. Os comentários nasceram da declaração do presidente da operadora espanhola, Cesar Alierta, ao jornal catalão La Vanguardia, de que teria interesse nesta troca de posições. O Sonae, por sua vez, disse à impressa de Lisboa que não há nada acertado de antemão neste sentido. Encerrada esta etapa, a Telesp incorporaria a Vivo, em operação semelhante àquela realizada na Espanha. Os investidores com maior apetite ao risco estão em busca de ganhos com esta transação ao adquirir os papéis da operadora móvel brasileira. Porém, muitos analistas vêem este movimento muito mais como risco do que como oportunidade, dado o histórico do grupo espanhol de prêmios baixos aos minoritários. O entendimento dos analistas é que a Telesp absorveria a Vivo em valores pouco atrativos aos acionistas da móvel e, em seguida, retiraria a companhia resultante da Bovespa.

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