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Ações da JBS têm novo dia de queda e fecham semana com perdas de quase 29%

Ministros do STF admitem possibilidade de rever termos de acordo de delação firmado com executivos do grupo; queda chegou a mais de 10% durante o pregão de hoje

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Por Redação
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Após registrarem alta de 22,54% na véspera, as ações da JBS voltaram a despencar nesta sexta-feira, 26, e chegaram a registrar recuo de 10,23% durante a manhã. Ao fim dos negócios, os papéis da dona das marcas Friboi e Seara fecharam em queda de 6,09%, aos R$ 7,71. Na semana, as ações do frigorífico recuam 28,93%. O Ibovespa, por outro lado, mostrou recuperação e fechou a semana em alta de 2,31%. 

As ações da processadora de carnes vêm apresentando fortes oscilações desde a semana passada, com a revelação de que executivos do grupo fecharam um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Joesley Batista, um dos donos do grupo J&F, holding controladora da JBS, chegou a gravar uma conversa com o presidente Michel Temer sobre a compra do silêncio do deputado afastado Eduardo Cunha, preso pela operação. 

Joesley Batista, da JBS Foto: Ayrton Vignola/Estadão

No dia seguinte às notícias sobre o acordo, os papéis da JBS registraram queda histórica de 31% e seguiram alternando entre altas e baixas de dois dígitos nos preções posteriores. Hoje, pesaram notícias de que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem rever os termos desse acordo. O conselho da J&F, holding controladora do grupo, decidiu também nesta sexta-feira afastar Joesley Batista do comando da empresa.

Ontem, notícias deram conta de que a J&F buscava bancos para vender três de suas empresas para concentrar esforços na operação da JBS, que deve arcar em breve com pesadas multas no Brasil e nos Estados Unidos, onde a empresa tem ações listadas na Bolsa de Nova York. A empresa nega.

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Além dos acordos de delação premiada firmados por executivos, a empresa também deve fechar um acordo de leniência com o Ministério Público Federal, que pede multa de R$ 11,14 bilhões. A JBS ofereceu, em sua segunda proposta, R$ 4 bilhões, mas não fechou o acordo.