23 de junho de 2011 | 15h20
Por volta das 14h45 (de Brasília), os contratos de petróleo bruto para agosto recuavam 4,24%, para US$ 91,40 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), após atingir US$ 89,69 mais cedo, a menor cotação desde 22 de fevereiro. Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para agosto cediam 5,20%, para US$ 108,28 por barril.
A AIE, que representa os países consumidores e é responsável pela coordenação das liberações de emergência dos estoques, disse que irá adicionar 2 milhões de barris de petróleo extras por dia, o equivalente a cerca de 2% da oferta global, ao mercado nos próximos 30 dias.
Cerca de metade dos 60 milhões de barris será liberada pelos EUA, 30% pela Europa e 20% por países asiáticos, conforme reportou o Wall Street Journal. Segundo a AIE, os barris extras deverão chegar ao mercado no fim da próxima semana.
"A economia mundial ainda está emergindo de uma recessão e é essencial que essa recuperação não seja ameaçada por uma escassez de oferta de petróleo", afirmou Tanaka. "A situação está ficando mais e mais apertada", disse o executivo, acrescentando: "temos de agir agora e preencher a lacuna".
A AIE quase nunca se desvia de seu mantra público sobre a necessidade da OPEP e outros produtores produzirem mais petróleo para manter o crescimento da economia. Mas Tanaka e outros funcionários da agência soaram uma nota incrivelmente frágil sobre a economia nas últimas semanas. Tanaka disse, em um fórum econômico em São Petersburgo, na Rússia, na semana passada, que temia uma "aterragem muito difícil" devido aos preços altos.
A surpreendente decisão da AIE ocorre menos de três semanas após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ser concluída sem um acordo entre os membros da instituição sobre o aumento da produção.
A AIE elogiou posteriormente o movimento unilateral da Arábia Saudita e outros países-membros da organização para aumentar a produção sem o acordo.
Tanaka disse que o desbloqueio de emergência foi adotado para compensar um atraso antes do abastecimento de petróleo da Arábia Saudita chegar ao mercado.
A AIE optou por não liberar o petróleo dos estoques no início deste ano, quando a oferta de 1,5 milhão de barris por dia de petróleo da Líbia foi paralisada pela guerra civil. No entanto, como o conflito no país se arrastou para um impasse, o efeito da perda desses barris tornou-se mais pronunciado, disse a agência.
"O aumento normal sazonal na demanda das refinarias esperado para este verão irá agravar ainda mais o déficit de petróleo. O aperto maior no mercado de petróleo ameaça minar a muito frágil recuperação global econômica", ressaltou a AIE num comunicado. As informações são da Dow Jones.
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