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Alívio com adiamento de julgamento no TSE faz Bolsa subir e dólar fechar abaixo dos R$ 3,10

No exterior, discurso de Trump sobre incentivo à infraestrutura e 'excesso de regulação' no setor financeiro também animou investidores

Por Paula Dias
Atualização:

A Bovespa encerrou o pregão desta terça-feira, 4, em alta de 0,85%, a 65.768,91 pontos, apoiada principalmente em ações do setor de commodities. Já o dólar encerrou os negócios cotado a R$ 3,0963, em baixa de 0,60%. 

O movimento refletiu o alívio dos investidores com o adiamento do julgamento da ação contra a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que havia iniciado hoje. O TSE acatou o pedido da defesa de Dilma para que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega seja ouvido no âmbito da ação que pede a cassação por abuso de poder político e econômico em 2014. A ação poderia resultar na cassação do mandato do presidente Michel Temer.

Combinação de fatores no mercado doméstico e no exterior animou investidores Foto: Paulo Whitaker/Reuters

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Profissionais do mercado de ações também afirmam que as declarações de hoje do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, animaram alguns setores econômicos tanto nos EUA quanto em países emergentes. Trump disse que vai lançar em breve o prometido pacote de incentivo à infraestrutura e também voltou a falar em reduzir o "excesso de regulação" no setor financeiro do país. As bolsas americanas operavam em alta, com reflexos diretos na Bovespa.

Outro fator de alívio relacionado ao quadro político, a homologação da delação do marqueteiro João Santana pelo ministro do STF Edson Fachin foi bem recebida, ao, em tese, enfraquecer a possibilidade de uma candidatura de Lula na eleição presidencial de 2018 e, com isso, o risco de uma guinada na atual política econômica.

Adicionalmente, o resultado ruim da produção industrial divulgado logo cedo pelo IBGE confirmou espaço para um forte ajuste de queda da Selic nos próximos meses. A produção teve variação positiva de apenas 0,1% em fevereiro ante janeiro, muito aquém da mediana das estimativas de analistas, que era de alta de 0,70%.