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Apesar de quedas da Petrobrás, Bovespa chega ao maior nível em 7 meses

Ibovespa subiu 0,68% nesta terça-feira, aos 56.460 pontos, patamar mais alto desde 18 de março

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

O Ibovespa seguiu o desempenho favorável das bolsas internacionais nesta terça-feira, 22, garantido pelo resultado do relatório de trabalho da economia americana em setembro. Mas a Petrobrás, que no pregão anterior disparou com o resultado do leilão da área do pré-sal de Libra, não ajudou: uma realização de lucros fez os papéis recuarem.

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No final do pregão, a Bolsa de Valores de São Paulo reafirmou o patamar de 56 mil pontos, ao fechar em alta pela terceira sessão consecutiva.

O Ibovespa terminou com ganho de 0,68%, aos 56.460,38 pontos, maior nível desde 18 de março (56.972 pontos). Na mínima, registrou 55.898 pontos (-0,32%) e, na máxima, 56.720 pontos (+1,15%). No mês, acumula ganho de 7,88% e, no ano, perda de 7,37%. O giro financeiro totalizou R$ 6,45 bilhões (dado preliminar). Profissionais de renda variável apontaram justificativas diversas para a valorização da Bovespa. Para um operador, o fluxo comprador de estrangeiros gerou uma onda positiva nas ações, sem uma notícia corporativa embasando a aquisição. Os destaques positivos nesta sessão foram Vale e siderúrgicas. Vale ON avançou 1,44% e PNA ganhou 1,33%. Outros papéis de siderúrgicas: Gerdau PN, +3,24%; Metalúrgica Gerdau PN, +1,64%; Usiminas PNA, +2,68%; e CSN ON, +4,11%. Petrobrás ON caiu 1,64% e PN teve desvalorização de 1,75%, devolvendo parte da alta da véspera. A lista de maiores altas do Ibovespa foi liderada por Eletropaulo PN (+7,19%), Gol PN (+6,50%) e CSN ON (+4,11%). Registraram as maiores quedas OGX ON (-2,27%), Souza Cruz ON (-1,93%) e Natura ON (-1,84%). No setor financeiro, Bradesco PN teve valorização de 1,44%, Itaú Unibanco ON, de 0,54%, BB ON, de 0,18%, e Santander unit caiu 0,58%. Nos EUA, o Dow Jones operava em alta de 0,62%, o S&P subia 0,68%, e o Nasdaq tinha valorização de 0,33%.O desempenho das ações nos EUA foi sustentado pelo relatório do mercado de trabalho do país, divulgado com atraso pela paralisação do governo norte-americano no início do mês. O payroll mostrou que a economia dos EUA criou 148 mil empregos em setembro, abaixo da previsão de 180 mil novos postos de trabalho. A taxa de desemprego nos EUA diminuiu levemente para 7,2% em setembro, de 7,3% em agosto, ante previsão de que permanecesse em 7,3%. A leitura do mercado é de que a fraqueza na criação de vagas deve adiar o início da retirada dos estímulos da economia, de US$ 85 bilhões por mês, e a interpretação deu impulso às ações.

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