
03 de setembro de 2015 | 10h01
Atualizado às 17h20
SÃO PAULO - O dólar à vista fechou praticamente estável nesta quinta-feira, em leve alta de 0,03%, aos R$ 3,754. A estabilidade da cotação, no entanto, está longe de indicar um dia tranquilo no mercado de câmbio. A sessão foi marcada por intensa volatilidade, com as atenções dos investidores bastante focadas no cenário doméstico, principalmente no noticiário em torno do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
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As especulações em torno da permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deram o tom dos negócios pela manhã e à tarde, ora com percepções negativas, ora com análises positivas. Pela manhã, o dólar atingiu a máxima de R$ 3,816 (+1,68%), num movimento atribuído a uma queda de braço do mercado com o Banco Central, em torno de uma possível intervenção no mercado à vista - que não aconteceu.
A puxada das cotações do dólar para o patamar além dos R$ 3,81, no entanto, acabou por desencadear uma realização de lucros no mercado futuro, que fez a cotação desacelerar o ritmo de alta também no mercado à vista. Um repique pontual aconteceu no início da tarde, com a notícia de que Levy havia cancelado sua visita à Turquia, para o encontro do G-20, para participar de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e os ministros Nelson Barbosa, do Planejamento, e Aloizio Mercadante, da Casa Civil.
A primeira leitura da notícia foi negativa, reforçando as especulações em torno da permanência de Levy no governo. Num segundo momento, no entanto, o mercado avaliou positivamente o encontro, que teria por objetivo buscar formas de fortalecer Levy, justamente como resposta às recentes especulações. Para essa tese, contribuiu o fato de o ministro da Fazenda ter mantido os demais compromissos no exterior, no caso a viagem a Paris e Madri. Com isso, o mercado voltou a realizar lucros mais nitidamente, e o dólar passou a renovar sucessivas mínimas, chegando a cair 0,43% (R$ 3,737), antes de retornar ao patamar próximo do fechamento de ontem.
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