11 de junho de 2015 | 11h52
O tom mais duro que o esperado apresentado pela ata do Copom, divulgada nesta quinta-feira, 11, influenciou o dólar, apesar de o Banco Central ter reduzido ontem o volume de contratos de swaps cambiais nos leilões de rolagem da instituição.
No fechamento, o dólar terminou cotado a R$ 3,10, queda de 0,35%.
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Pela manhã, o dólar registrou valorização consistente em relação ao real, atingindo a cotação de R$ 3,17, ajudado pela redução do volume de contratos de swaps cambiais para rolagem (negociação de dólar no mercado futuro), pela alta observada ante outras moedas no exterior e pela elevação da taxa de câmbio no cenário de referência apresentada na ata do Copom.
O Banco Central informou na noite de ontem que reduziu a oferta diária de contratos de dólar futuro para 6,3 mil, a partir de hoje, ante os 7 mil contratos que vinha colocando diariamente desde o início de junho.
No entanto, à tarde, a sinalização da ata de que a taxa básica de juros, a Selic, vai subir ainda mais acabou se sobrepondo, levando o dólar a zerar os ganhos e a se firmar em território negativo até o fim do pregão no balcão. As expectativas de manutenção do ciclo de aperto monetário por mais tempo que o esperado alimentam a percepção de continuidade de fluxo positivo para o Brasil.
Apesar de ata da reunião de política mais recente do BC ter vindo praticamente igual à anterior, o aparecimento no texto das palavras determinação e perseverança, relacionadas ao combate à inflação, bastou para que o mercado de juros passasse a precificar 100% de chances de uma elevação de 0,50 ponto porcentual da Selic em julho e redução do ritmo de alta para 0,25 pp em setembro. A mudança no documento também provocou expectativa de mais uma elevação de 0,25 pp em outubro. Além disso, afastou as hipóteses de queda da Selic imediatamente após a interrupção da subida.
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