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Após dois leilões do BC, dólar sobe 0,29%

Moeda norte-americana fechou cotada a R$ 1,737. Em abril, dólar comercial teve desvalorização de 2,47%

Por Tais Fuoco , Claudio Feustel e da Agência Estado
Atualização:

O dólar comercial fechou abril com queda acumulada de 2,47%, apesar da alta de 0,29% registrada hoje, que levou a moeda a R$ 1,737 no encerramento das negociações no mercado interbancário de câmbio. Nesse nível, o dólar acumulou no primeiro quadrimestre deste ano baixa de 0,34%. No período de 12 meses, o dólar comercial registra queda de 20,61% - em 30 de abril de 2009, a moeda americana era negociada a R$ 2,188.Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista avançou 0,39% hoje para R$ 1,737, mas acumulou queda de 2,40% no mês e de 0,34% no ano.O euro comercial encerrou o mês a R$ 2,312, queda acumulada de 3,91%; desde o começo do ano, o euro já acumula perda de 7,48% ante o real.No câmbio turismo, o dólar fechou abril cotado em média a R$ 1,823 na ponta de venda e R$ 1,697 na compra, acumulando recuo de 3,03% no mês e de 1,46% no ano. O euro turismo foi negociado hoje em média a R$ 2,417 (venda) e R$ 2,267 (compra), o que resulta numa queda acumulada de 4,35% em abril e de 8,45% no ano.No movimento de câmbio desta sexta-feira, o dólar abriu o pregão ensaiando a terceira queda consecutiva, mas a atuação mais agressiva por parte do Banco Central - tanto no segundo leilão como em declarações, segundo os operadores - fez a divisa inverter o sinal e passar a subir. A disputa entre "comprados" e "vendidos" no mercado futuro para a formação da taxa Ptax deste último dia do mês, que vai balizar a liquidação dos contratos futuros de maio na segunda-feira na BM&F, contribuiu para deixar o segmento instável em boa parte do dia.Não havia a expectativa de segundo leilão de compra de dólar por parte do BC no início da tarde, já que a moeda navegava perto da estabilidade e o cenário externo não era dos melhores, mas a segunda intervenção aconteceu, das 15h17 às 15h27, e na avaliação dos operadores foi agressiva. "O BC entrou e limpou tudo", disse um operador como justificativa para a alta mais consistente que se viu em seguida. No primeiro leilão, até 12h37, a taxa de corte das propostas foi fixada em R$ 1,7312 e, no segundo, em R$ 1,7342.Além disso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reafirmou hoje que a instituição "continua normalmente na sua política de absorver excesso de liquidez na economia", seja por meio dos depósitos compulsórios - em reais - ou pelo aumento de reservas internacionais em relação ao ingresso líquido de dólares no País. "O Banco Central continua comprando dólares na medida em que exista entrada líquida de recursos no País", comentou. "Caso exista uma carência de liquidez, o BC pode vender reservas." As declarações vieram um dia depois do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, admitir que o Tesouro será mais agressivo na compra de dólares.

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