A Bolsa fechou em leve queda de 0,05% no pregão desta terça-feira, 3, aos 84.623,46 pontos. Na expectativa do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para amanhã, o mercado adotou uma postura mais defensiva. O resultado também foi influenciado pelos papéis da JBS, que apresentaram perdas do pregão após a CVM abrir novo inquérito para apurar condutas irregulares no Banco Original, parte do grupo J&F.
As ações ordinárias da JBS encerraram o pregão do Ibovespa com redução de 3,19%, para R$ 9,10.
Para o economista da Guide Inácio Crespo, a questão política continua interferindo no preço das ações de empresas como a JBS. "Muitos papéis são sensíveis a isso. Não é a toa que nas nossas recomendações mensais falamos do risco político, de quão ligada à Lava Jato e a questões políticas estão algumas empresas", destaca Crespo.
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Nesta segunda-feira, 2, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que abriu um novo inquérito administrativo para investigar o Banco Original, do grupo J&F, que também controla a JBS. Isso vem derrubando os papéis da companhia no pregão.
Há suspeitas de uso de informações privilegiadas na negociação de contratos de derivativos de taxas de juros realizados antes de as delações dos irmãos Joesley e Wesley Batista se tornarem públicas, em maio do ano passado.
Fora do Ibovespa, o destaque foi Light, que disparou mais de 7% após executivos da Cemig reiterarem a intenção de que a companhia poderá ser vendida até novembro.