A Bolsa inicia a semana em queda após bater o nono recorde de fechamento de 2019 na sexta-feira, quando superou os 96 mil pontos pela primeira vez. O dia deve ter liquidez fraca, visto que o mercado acionário à vista nos Estados Unidos permanecerá fechado pelo feriado em homenagem a Martin Luther King. Mesmo assim, é de se esperar alguma volatilidade e um giro maior com opções, porque hoje há vencimento desses contratos sobre ações na B3.
No mercado de câmbio, o dólar à vista segue em leve alta ante o real assim como perante todas as moedas de economias emergentes ou suscetíveis a commodities. O que mais pesa no mercado global de moedas é um conjunto de dados sobre a China, divulgados nesta madrugada. O PIB do gigante asiático teve expansão de 6,6% em 2018, a menor desde 1990 e um pouco abaixo da previsão dos analistas. Os juros futuros exibem viés de alta, em linha com esse movimento.
Às 10h32, o Ibovespa caía 0,72% aos 95.408 pontos, enquanto o dólar à vista subia 0,35% aos R$ 3,7664.
Do noticiário doméstico, os agentes monitoram o tema da Previdência. O presidente Jair Bolsonaro deve analisar a nova proposta durante a viagem para a Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o presidente em exercício, o vice-presidente e general Hamilton Mourão, defendeu o aumento no tempo mínimo de serviço para aposentadoria de militares. "Não é bem visto para com a sociedade alguém que se aposenta com 44 anos de idade", disse Mourão.
Diferentemente dos trabalhadores da iniciativa privada que veem seu benefício diminuir relativa e anualmente, os servidores das Forças Armadas têm a garantia da paridade entre o pessoal da ativa e inativa e a integralidade pela última remuneração recebida antes de entrar na reserva. Por conta desse detalhe, é frequente a promoção na carreira do militar pouco tempo - às vezes, um dia - antes de ser reformado.