25 de agosto de 2015 | 11h05
A Bovespa fechou em alta de 0,47% nesta terça-feira, aos 44.544,85 pontos, e recuperou apenas uma parte das perdas registrada na segunda-feira, quando recuou ao menor nível desde abril de 2009. O pregão foi marcado pela volatilidade, com investidores dividindo as atenções entre fatores internos e externos. Pela manhã, enquanto os mercados reagiam positivamente às medidas do banco central chinês para recuperar a economia local, a bolsa brasileira chegou a subir 2,82%. À tarde, no entanto, a virada para baixo das bolsas americanas impôs uma forte desaceleração.
Depois de a bolsa chinesa ter tido uma queda de 8,5% na segunda-feira e outra de 7,6% hoje, o Banco do Povo da China (PBoC) anunciou um corte de 0,5 ponto porcentual na taxa do depósito compulsório e de 0,25 ponto porcentual nas taxas de empréstimo e de depósitos. O objetivo do governo é reduzir os custos de empréstimos, garantir liquidez e crescimento do crédito. As bolsas europeias reagiram com altas entre 3% a 6%, recuperando boa parte das perdas da véspera.
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A notícia também deu suporte aos preços das commodities, que por sua vez, sustentaram as ações de empresas exportadoras de matérias-primas. Com isso, papéis da Petrobras foram destaque na recuperação dos preços. Vale subiu durante o dia, mas virou no final.
A bolsa, no entanto, passou a perder força no período da tarde, quando se verificou uma deterioração de ativos. A virada das bolsas norte-americanas foi determinante para o fechamento em um patamar já bem distante das máximas do dia.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 1,29%, aos 15.666,44 pontos, o S&P recuou 1,34%, aos 1.867,62 pontos, e o Nasdaq teve perda de 0,44%, aos 4.506,49 pontos.
Uma das influências do dia foi o relatório da senadora Gleisi Hoffmann sobre a Medida Provisória 675. Inicialmente, ela manteve seu parecer e propôs a elevação da alíquota da CSLL de 15% para 23%, influenciando os papéis do setor. Mas, depois, ela cedeu e acabou a proposta inicial do governo, de aumento pra 20%.
Também conduziu os negócios a notícia de que o ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enviou ao Ministério Público Estadual de São Paulo relatório que detectou irregularidades em empresa contratada pela campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff.
Câmbio. O dólar teve a terceira alta consecutiva, fechando cotado a R$ 3,592 nesta terça-feira. É o maior valor de fechamento desde 25 de fevereiro de 2003. As incertezas do cenário interno foram determinantes para a alta registrada.
No mercado futuro de câmbio, o dólar para liquidação em setembro tinha alta de 1,59% às 17h27, cotado a R$ 3,616. Os juros futuros mantinham a trajetória de alta no período estendido de negócios. O DI de janeiro de 2016 tinha taxa de 14,26%, ante 14,25% do ajuste de ontem. O vencimento de janeiro de 2017 estava em 14,16% (14,07% ontem) e o de janeiro de 2021 avançava para 13,99%, ante 13,90% do ajuste anterior.
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