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Bancos invertem posição no câmbio em março, informa BC

A mudança da posição cambial pode ser explicada pelo fluxo cambial negativo, que registrou saída líquida de US$ 2,7 bilhões neste mês (até dia 18)

Por Fabio Graner , Fernando Nakagawa e da Agência Estado
Atualização:

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, informou que os bancos inverteram sua posição no mercado cambial nas últimas semanas. Em 18 de março, as instituições financeiras estavam vendidas em US$ 3,356 bilhões. No fim de fevereiro, os bancos estavam comprados em US$ 2,070 bilhões.

 

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Parte da mudança da posição cambial pode ser explicada pelo fluxo cambial negativo, que registrou saída líquida de US$ 2,666 bilhões neste mês até a última quinta-feira (dia 18). Essa cifra é resultado, principalmente, da saída líquida de US$ 3,186 bilhões da conta financeira, no período, resultado de ingressos de US$ 13,376 bilhões e saídas de US$ 16,562 bilhões. Essa saída foi parcialmente compensada pelo ingresso líquido de US$ 520 milhões do segmento comercial. Nessa conta, o período registrou exportações de US$ 8,321 bilhões e importações de US$ 7,801 bilhões.

 

Além do fluxo cambial negativo em março, a mudança da posição dos bancos também foi resultado da forte atuação do Banco Central no mercado cambial à vista, onde foram adquiridos US$ 2,273 bilhões no mês até o dia 18. A cifra acumulada em cerca de três semanas é superior ao total adquirido em janeiro e fevereiro, quando as compras somaram US$ 2,058 bilhões.

 

Segundo Altamir, março também teve a devolução de US$ 42 milhões em empréstimos concedidos pelo BC durante a crise. Dessa forma, a atuação no mercado à vista da autoridade monetária e a devolução desses recursos impactaram as reservas internacionais positivamente em US$ 2,315 bilhões.

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