PUBLICIDADE

Publicidade

BC atua no câmbio, mas dólar sobe ao patamar de R$ 2,35

Atuação do Banco Central se deu logo no início do pregão; após bater a cotação máxima, moeda diminuiu a alta para a faixa de R$ 2,34

Por Economia & Negócios
Atualização:

(Texto atualizado às 12h30)

PUBLICIDADE

SÃO PAULO - Preocupado com a alta do dólar, o Banco Central vendeu nesta quinta-feira, 15, 40 mil contratos de swap cambial (o que equivale à venda de dólar no mercado futuro) ofertados em leilão programado. O objetivo foi conter a alta da moeda, que nesta quarta-feira atingiu o maior nível desde 2009, fechando em R$ 2,323.

A atuação do Banco Central se deu logo no início do pregão. Desde o começo da semana, o dólar já acumula alta de 2,24%. Na quinta-feira e na sexta-feira da semana passada, o BC atuou por meio de swap cambial, mas em dias em que a tendência para o dólar era de baixa - e não de alta, como ontem (14).

Às 12h30, o dólar tinha alta de 0,90%, cotado a R$ 2,344. Na máxima, chegou a atingir R$ 2,351 e na abertura era negociado a R$ 2,318.

Em entrevista ao Broadcast ao Vivo, ontem à tarde, o economista Sidney Nehme, sócio-diretor executivo da NGO Corretora, defendeu que o BC faça leilões de linha, além das ofertas de swap cambial, porque a falta de liquidez já começa a pressionar também o mercado à vista de moedas. "O BC atua com swaps cambiais, que não são dólares, mas instrumentos financeiros que garantem o preço futuro e não a disponibilidade de moeda", comentou. Por isso, de acordo com o economista, o próximo passo do BC deve ser os leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), para garantir a liquidez no mercado à vista. O leilão de linha deve irrigar o mercado, mas não garante a queda do dólar, afirmou. Seria uma forma de "o BC tentar induzir os bancos a trabalharem com posições vendidas no mercado à vista", afirma o especialista.

(Com Eduardo Cucolo e Silvana Rocha, da Agência Estado)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.