O Banco Central vendeu todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados nesta quinta-feira, 24, totalizando US$ 495,3 milhões. Tal operação é uma venda futura de dólar e ajuda a segurar a alta da moeda. Nesta quinta-feira, porém, ignorando o leilão do BC, o dólar sobe. Às 10h22, a moeda avançava 0,41%, a R$ 2,198.
O mercado de câmbio doméstico abriu há pouco com o dólar em alta em meio a preocupações dos investidores com um aperto de liquidez pelo governo da China. Temores de que possíveis restrições à liquidez no país prejudiquem o crescimento econômico limitam nesta manhã a reação dos mercados à alta do PMI industrial chinês acima do esperado em setembro.
Além disso, na semana que vem haverá reunião de política monetária do Fed na terça e quarta-feira e estaria programada no Brasil por um grande banco uma saída forte, possivelmente pela conta financeiro e no dia 29.
O montante foi dividido em dois vencimentos. Para 5 de março de 2014, o BC rejeitou todas as propostas do mercado. Para 1º de julho de 2014, no entanto, foram vendidos os 10 mil contratos.
A taxa nominal do vencimento de julho foi de 1,3947% e a linear de 1,380%. O PU mínimo dos contratos negociados para este vencimento ficou em 99,054700. Não houve taxa de corte. Ontem, nesse mesmo leilão, o BC vendeu apenas 1 mil contratos para o vencimento de março e 9 mil para o de julho.
Esta operação faz parte do programa de leilões diários no mercado cambial anunciado no dia 22 de agosto e que conta com operações de swap de segunda a quinta-feira, no valor de US$ 500 milhões cada, além de leilão de linha às sextas-feiras, no total de US$ 1 bilhão. Até o fim do ano, o BC espera ofertar cerca de US$ 100 bilhões por meio desses leilões diários.